CienciaHoje
2012-03-23
Já diz o ditado: “O que não mata, engorda!” Uma equipa de cientistas norte-americana e alemã afirma que os micróbios reforçam a futura saúde das crianças, impedindo que contraia determinadas doenças inflamatórias, como asma ou problemas intestinais. O estudo foi publicado na revista «Science».
Segundo os investigadores, as crianças que vivem no campo e são expostas ao pó e outro tipo de sujidade e, consequentemente, a uma variedade de micróbios, têm menos doenças inflamatórias do que as que vivem na cidade. O excesso de limpeza poderá ser prejudicial, tendo em conta o estudo, coordenado por Dennis Kasper e Richard Blumberg, da Escola de Medicina da Universidade Harvard, realizado com ratinhos. E a futura exposição a microrganismos na fase adulta não reverte o quadro das doenças inflamatórias, várias delas crónicas.
O grupo de investigação estudou diferentes roedores praticamente livres de micróbios, criados em condições estéreis e que recebiam comida sem germes, comparativamente a outros que viviam em condições mais naturais.
A exposição a micróbios desde cedo alterou os níveis de células T, de defesa do organismo. E, ao contrário do que se poderia imaginar, os animais livres de micróbios tiveram índices mais altos de inflamação nos pulmões e colón (asma e colite). A ocorrência pode ser explicada como sendo obra das células T, que foram excessivamente zelosas na defesa do organismo e provocaram o problema em vez de resolvê-lo.
A hipótese da higiene
Para testar a "hipótese do excesso de higiene", a equipa expôs filhotes de ratinhos a micróbios típicos do meio ambiente e, como resultado, o sistema de defesa destes manifestou-se na prevenção de doenças inflamatórias.
No entanto, o resultado não é o mesmo quando animais adultos que foram preservados em criança são expostos. Em falta dos micróbios benéficos, o organismo produz uma substância conhecida como CXCL 16, geralmente associada a inflamações e o que sobra da molécula poderia estar ligado à acumulação de células T. Para os investigadores, a ocorrência deve-se à "educação" do sistema de defesa do organismo, durante as primeiras semanas de vida.
Os autores do estudo afirmam que o CXCL 16 é um factor que, na presença de micróbios, regula a quantidade e a função das células T no cólon e nos pulmões, "e, consequentemente, a susceptibilidade à inflamação dos tecidos".
A exposição a micróbios desde cedo alterou os níveis de células T, de defesa do organismo. E, ao contrário do que se poderia imaginar, os animais livres de micróbios tiveram índices mais altos de inflamação nos pulmões e colón (asma e colite). A ocorrência pode ser explicada como sendo obra das células T, que foram excessivamente zelosas na defesa do organismo e provocaram o problema em vez de resolvê-lo.
A hipótese da higiene
Para testar a "hipótese do excesso de higiene", a equipa expôs filhotes de ratinhos a micróbios típicos do meio ambiente e, como resultado, o sistema de defesa destes manifestou-se na prevenção de doenças inflamatórias.
No entanto, o resultado não é o mesmo quando animais adultos que foram preservados em criança são expostos. Em falta dos micróbios benéficos, o organismo produz uma substância conhecida como CXCL 16, geralmente associada a inflamações e o que sobra da molécula poderia estar ligado à acumulação de células T. Para os investigadores, a ocorrência deve-se à "educação" do sistema de defesa do organismo, durante as primeiras semanas de vida.
Os autores do estudo afirmam que o CXCL 16 é um factor que, na presença de micróbios, regula a quantidade e a função das células T no cólon e nos pulmões, "e, consequentemente, a susceptibilidade à inflamação dos tecidos".