sábado, 27 de março de 2010

Australiano com sangue raro já salvou milhões de bebés

"James Harrison, um australiano de 74 anos com um tipo sanguíneo raro, já salvou a vida de 2,2 milhões de recém nascidos, incluindo o próprio neto.
por DN.pt
e CienciaHoje 2010-03-25

Segundo o Globo.com, que cita o Sydney Morning Herald, o plasma sanguíneo de James Harrison tem sido utilizado na criação de uma vacina, ministrada às grávidas, para evitar que os seus filhos venham a sofrer da doença de Rhesus– ainda conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetal, que causa uma incompatibilidade entre o feto e a mãe. A enfermidade ocorre quando o sangue da mãe é Rh- e o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue da criança.
A vacina Anti-D previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas, no entanto, o sangue de Harrison é capaz de combater essa situação, mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo assim a doença.
A doença pode ser evitada pela administração profilática do soro (erroneamente denominado "vacina") Imunoglobulina anti-D, tanto durante a gestação (alguns protocolos sugerem administração após a 28o semana) , mas especialmente após o nascimento (até 72 horas após) para evitar-se a sensibilização materna e consequentemente danos aos fetos nas gestações ulteriores.
http://wapedia.mobi/pt/Imuno-hematologia

Conforme explica o Globo.com, após as primeiras doações de sangue à cruz vermelha australiana, foi descoberta essa qualidade única do sangue de James Harrison, que passou a ser conhecido como "o homem do braço de ouro" e já salvou a vida a 2,2 milhões de recém nascidos australianos.
Harrison, que nunca tinha pensado em doar sangue, tornou-se voluntário para pesquisas e testes científicos que resultaram no desenvolvimento da vacina Anti-D que combate a doença de Rhesus, causa de morte e de danos cerebrais em milhares de recém nascidos na Austrália. Ao longo de mais de dez anos, James Harrison já fez 984 doações de sangue e estima-se que ainda chegue às mil doações ainda este ano. O seu sangue é considerado tão especial que recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, adianta o Globo.com."

Doença Hemolítica ou Eritoblastose fetal

"A doença hemolítica por incompatibilidade Rh é causada por uma incompatibilidade sangüínea materno-fetal referente ao sistema Rh. O sistema Rh é constituído de 48 antígenos (proteínas presentes nas membranas dos eritrócitos), sendo o mais importante, o antígeno D. A presença, ou ausência, do antígeno D denota positividade, ou negatividade, para o fator Rh, respectivamente, ou seja, presença do antígeno D é igual a grupo sangüíneo Rh +, enquanto, ausência do antígeno D, igual a grupo sangüíneo Rh -.
Geneticamente, os indivíduos D positivo (Rh +) podem ser homozigotos para o antígeno D, ou heterozigotos. Homens D positivo (Rh +) homozigotos casados com mulheres D negativas (Rh -) só poderão gerar filhos D positivos (Rh +), enquanto que, homens D positivo (Rh +) heterozigotos casados com mulheres D negativo (Rh -) poderão gerar filhos D positivos (Rh +) ou D negativos (Rh -).
Os fetos Rh + (D positivos) podem causar imunização nas gestantes Rh - (D negativo), ou seja, podem estimular a produção de anticorpos maternos anti-D contra as hemáceas fetais. A imunização (produção de anticorpos anti-D pela gestante) deve-se a passagem de hemáceas fetais para a circulação sangüínea materna, que ocorre em 3% das gestantes no primeiro trimestre, em 12% no segundo trimestre, em 45% no 3º trimestre, e, em 64% dos casos, imediatamente após o parto. Além disso, algumas condições, também, aumentam a presença de hemáceas fetais, na circulação sangüínea materna, tais como aborto espontâneo ou terapêutico, gravidez ectópica, realização de procedimentos durante a gestação, como amniocentese, cordocentese e amostra de vilo coriônico.
Qualquer que seja a causa da imunização, na gravidez seguinte os anticorpos maternos anti-D atravessam a placenta, a partir de 12 semanas de gestação, e destroem as hemáceas fetais D positivas (Rh +), a esse fenômeno de destruição das hemáceas chamamos de hemólise. Muito raramente a hemólise poderá ocorrer na primeira gestação, no entanto, o mais freqüente é ocorrer a imunização na primeira gestação e a hemólise nas gestações posteriores.
A prevenção é a conduta mais importante em relação a doença hemolítica por incompatibilidade Rh! Ela consiste na administração de imunoglobulina anti-D (Rhogam, Mathergam) em mulheres Rh - e com exame coombs indireto negativo (isto é ausência do anticorpo anti-D na circulação sangüínea). A imunoglobulina anti-D "neutraliza" o antígeno D presente nas hemáceas fetais Rh +, que passaram para circulação sangüínea da gestante, impedindo, assim, a produção de anticorpos anti-D pela mesma. Logo, a imunoglobulina anti-D deverá ser feita nas seguintes situações:
Pós aborto espontâneo ou terapêutico.
Pós gravidez ectópico.
Pós procedimentos (Amniocentese, cordocentese, amostra de vilo coriônico) realizados durante a gestação.
Durante o pré-natal na 28ª/29ª semana de gestação.
Até 72h após o parto, se o recém-nascido for Rh +. Caso o recém-nascido seja Rh -, semelhante a mãe, não haverá necessidade de administrar a imunoglobolina anti-D, uma vez que não se caracterizou a incompatibilidade sangüínea materno-fetal. " 
Fonte(s):
Médica Neonatologista

quinta-feira, 25 de março de 2010

Universidade de Coimbra abre primeira licenciatura em Química Medicinal

Licenciatura associa Faculdades de Ciência e Tecnologia, Medicina e Farmácia

2010-03-22
CienciaHoje

A Universidade de Coimbra vai abrir no próximo ano lectivo “a primeira licenciatura em Química Medicinal em Portugal, orientada para a descoberta de novos medicamentos”, disse hoje à Lusa fonte da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC). A licenciatura será anunciada durante a Feira da Ciência e Tecnologia, que arranca hoje e se prolonga até quarta-feira, na alta universitária.

Com um número clausus de 30 alunos, a licenciatura associa três Faculdades: Ciência e Tecnologia (área de Química), Medicina e Farmácia, o que acontece pela primeira vez em Portugal, explica o coordenador Luís Arnaut.

“Estamos numa altura em que começa a haver dificuldades em criar novos medicamentos, mas as doenças continuam. Esta licenciatura surge, por isso, numa boa altura”, considera Luís Arnaut.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Resultados e correcção do teste

Claro que não estou satisfeita!...
Parabéns aos que viram o seu esforço recompensado!

Já está no moodle a correcção do teste de Março.
 Neste momento, todos os documentos abrem!! ... Não sei até quando!

Saúde...Biotecnologia...na Católica!

Um desafio...

A Escola Superior de Biotecnologia e o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa desafiam toda a comunidade, e de forma particular os estudantes do Ensino Secundário, a participar em actividades no âmbito da Biotecnologia e das Ciências da Saúde, nos dias 14, 15 e 16 de Abril de 2010 (das 10h00 às 13h00, e das 14h00 às 17h00).

Esta iniciativa pretende possibilitar um contacto próximo com diferentes vertentes da ciência demonstradas através de actividades e experiências divertidas planeadas pelos nossos investigadores e professores. Participa! Vem connosco à descoberta...
Experiências
1. Descobre o segredo do calor, do frio, da água e do ar - naquilo que comemos!
- Pasteurizar e embalar
- Alimentos em lata - apertização
- Os microrganismos também "morrem" à sede ...
- Congelar para conservar
2. Vem brincar aos sentidos
- Os aromas e a sua origem...
- Sabes o que comes?
3. O fabuloso mundo dos micróbios
- Caça aos micróbios...
- E se pudéssemos "ver" a imensidão de micróbios... no telemóvel?! nos óculos?!...
- Microrganismos dos alimentos: nem todos são maus!
4. O DNA é invisível... ou não?!
- Morangos com sal!
- Crime ou acidente: um caso com contornos estranhos...
- Azul e branco: um código de cores na Engenharia Genética
 5. ATGC, GCTA, TGCA.... 4 letras para uma infinidade de significados!
- "Clica" no genoma!
6. Ambiente comVida!
- Uma roda viva de bactérias a limpar a água!
- A floresta encantada
- Plantas e algas divertidas
- Minhocas em acção!
7. Química em Movimento
- Miniaturização: laboratório numa válvula!
- Análises dentro dos tubos, química verde!
- Uso da luz para quantificar substâncias
8. Os detectives da Química
- A Química no rasto da pista invisível!
9. Os percursos e destinos dos nutrientes
- Em busca dos nutrientes escondidos
- Rótulos alimentares sob investigação
10. O que corre em nós ...
- As células sanguíneas
- Determinação do grupo sanguíneo
11. Nasceu... vamos ajudar!
- O banho, momento de relação com o bebé
12. Socorro... alguém me ajude!
- Gestos que salvam, como ajudar em situações de emergência:
- Na desobstrução da via área (respiratória)
- No auxílio imediato a uma vítima de paragem cardio-respiratória
13. Relaxa um momento...
- Técnicas de relaxamento simples para "problemas do dia-a-dia"
14. Ajuda os avós ...
- Apercebe-te das limitações das pessoas idosas
- Conselhos práticos para ajudar as pessoas idosas com limitações


Já fiz a pré-inscrição da turma 12º1 para a manhã do dia 14 de Abril (primeira 4ª feira depois da interrupção lectiva da Páscoa)


 Dada a vossa indisponibilidade, consegui uma nova data: 15 de Abril ( 5ªf)
As experiências que sugeri foram a 1, 3 e 6.
Se houver interesse em alguma das outras propostas comuniquem o mais breve possível.

domingo, 21 de março de 2010

V Olimpíadas de Biotecnologia_2ª eliminatória





PARABÉNS!!

Apurada para a segunda eliminatória

A realizar a 24 de Março de 2010 às 14 h

Sala de estudo

Catarina Monteiro - 12º1ª


Para mais informações consulte o regulamento:

http://www.esb.ucp.pt/olimpiadasbio/

A professora coordenadora: m.c.lameiras
22/03/2010
Escola Secundária João Gonçalves Zarco

http://www.esb.ucp.pt/twt/olimpiadasbio/MyFiles/MeusDocumentos/V_OBApurados2Eliminatoria.pdf

sábado, 20 de março de 2010

Parabéns, CienciaHoje!

..." Não basta fazer ciência se ela não atingir ao seu objectivo: ser conhecida e útil à população. E para isso o Ciência Hoje contribui fortemente através da divulgação da ciência que se faz em Portugal e também no resto do mundo." ...

sexta-feira, 19 de março de 2010

As causas genéticas e externas da infertilidade masculina


Tratamentos para infertilidade podem dobrar a probabilidade da criança nascer prematura


CienciaHoje
2010-03-19

"Ao contrário das mulheres, a idade dos homens não é um problema quando decidem ter filhos, ou seja, não é um factor influente na fertilidade.
Mas existem outros condicionantes que podem prejudicar a qualidade do sémen e portanto impedir a possibilidade de uma gravidez.
Cada vez mais os homens vão com as suas companheiras a consultas de reprodução assistida porque o problema para ter filhos é deles, segundo informação do Instituto Valenciano de Infertilidade.
Entre os factores que podem influenciar a fertilidade masculina encontram-se os problemas que podem apresentar os próprios espermatozóides, seja por um baixo número deles (o normal é 20 milhões por milímetro de sémen) ou por falta de mobilidade.
As anomalias genéticas podem ser outro factor que dificulta a concepção. Podem-se dividir em duas: anomalias genéticas em cromossomas ou genes e anomalias que apenas afectam a linha germinal do homem, ou seja, os seus espermatozóides."

quinta-feira, 18 de março de 2010

Bactérias das mãos desvendam identidade de cada indivíduo

Técnica pode ser útil para a ciência forense

Vivem nas nossas mãos centenas de espécies de bactérias
2010-03-17

As bactérias são uma espécie de sinal capaz de desvendar a identidade de uma pessoa graças ao seu rastro, segundo um estudo de biólogos e bioquímicos norte-americanos. O trabalho, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, abre a porta ao desenvolvimento de uma nova técnica de identificação forense.
“Cada um de nós deixa um rastro único de bactérias enquanto realizamos as nossas tarefas diárias”, afirmou Noah Fierer, autor principal do estudo da Universidade de Colorado-Boulde.
Segundo o biólogo, enquanto a técnica está na sua fase preliminar, “eventualmente pode converter-se num valioso elemento na caixa de ferramentas dos cientistas forenses”.
Já se conhecia a grande diversidade de micróbios que vivem nas mãos dos seres humanos − na pele vivem centenas de espécies − “a novidade principal foi demonstrar que essas diferenças poderiam utilizar-se para identificar os objectos tocados pelas pessoas graças aos micróbios que deixavam”, explicou outro dos autores do estudo, Rob Knight.
Segundo Fierer, a nova técnica, baseada na sequenciação genética, tem uma precisão de 70 a 90 por cento, uma percentagem que provavelmente aumentará quando se conseguir aperfeiçoar o método.
A equipa de investigadores recolheu amostras de ADN bacteriano das teclas de três computadores pessoais e misturou-as com as bactérias das mãos dos seus proprietários, para posteriormente compará-las com recolhas de outros teclados que nunca tinham sido tocados pelos sujeitos iniciais.
A similitude foi muito maior entre as bactérias dos indivíduos e das dos seus computadores. Esta prova também funcionou 12 horas após os computares terem sido tocados pela última vez.

Bactérias persistentes

Numa outra experiência, os investigadores recolheram amostras de pele de dois indivíduos, congelaram uma delas a menos de 20 graus centígrados e deixaram a outra à temperatura ambiente durante duas semanas.
Com isto provaram que as colónias de bactérias não sofreram alterações em nenhum dos casos, o que demonstra o valor dos micróbios para a medicina forense.
Esta técnica pode ainda ser importante para a medicina legal quando é difícil obter DNA humano ou não existirem rastros de sangue, tecido, sémen ou saliva num objecto.
Segundo Fierer, “devido à abundância das células bacterianas na superfície da pele poderia ser mais fácil recolher DNA bacteriano do que DNA humano das superfícies tocadas”.
Rastro de bactérias nos objectos pode identificar pessoas

terça-feira, 16 de março de 2010

Mãos à obra! Limpar Portugal!

Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia - 20-03-2010


sábado, 13 de março de 2010

Ganha três viagens à Eurodisney: Passatempo Porto Editora/ Ciência Hoje

Professores podem ajudar alunos e recebem € 250 em livros


Cienciahoje
2010-03-13




Porto Editora, um dos patrocinadores do concurso FAZ PORTUGAL MELHOR!, promove, em colaboração com Ciência Hoje, um passatempo dirigido aos alunos do 7º ao 12º ano.
O prémio são três viagens à Eurodisney, Mas há mais! ~

Para participar neste passatempo, os alunos, a partir do site da Porto Editora – http://www.portoeditora.pt/  –, respondem on-line a duas perguntas de escolha múltipla depois de terem feito o seu registo em formulário próprio.

O prémio final é uma viagem para três pessoas à Eurodisney estando previstos prémios intermédios (de 50 em 50 participações) para os concorrentes: exemplares da Diciopédia 2010 (PVP 49,99 €).

Será atribuído ao professor que informou o aluno vencedor da existência do passatempo um prémio de 250€ em livros da Porto Editora (excepto manuais escolares). No caso de o aluno ter obtido a informação por outra via, este prémio será entregue à biblioteca da escola a que o aluno pertence. Todas as condições do passatempo podem ser consultadas no respectivo regulamento.

O passatempo decorre até às 24:00 do dia 16 de Abril.

VIH esconde-se na medula óssea

Investigação facilita detecção do vírus


CienciaHoje
2010-03-12

«Investigadores norte-americanos detectaram o método que o vírus da SIDA usa para se esconder e permanecer indetectável, de modo a lançar posteriormente novos ataques.
Segundo um estudo, publicado na Nature Medicine, o VIH permanece latente na medula óssea das pessoas infectadas.
Quando as células imaturas do sangue se tornam adultas, a propagação do vírus é reactivada.
O trabalho pode explicar o porquê dos medicamentos  actua contra o vírus apenas funcionam se forem tomados durante toda a vida − quando o tratamento é interrompido, o vírus retorna e expande-se novamente.
A descoberta pode fornecer uma nova maneira de conseguir o que ainda é impossível: erradicar a SIDA.»

                  célula da medula óssea


quinta-feira, 11 de março de 2010

Está a ser testada nova vacina contra cancro do pulmão

Sistema imunológico do organismo pode ser usado no combate a células tumorais


CienciaHoje
2010-03-09
A ideia de encontrar uma vacina capaz de atacar as células tumorais não se mostrou tão útil como teriam desejado os cientistas.

Algumas das tentativas desenvolvidas até então funcionaram apenas a meio-gás, por isso há que ter cuidado a analisar esta notícia: uma terapia eficaz imune contra um tipo de tumor de pulmão − o mesotelioma.



Mesotelioma é dos cancros mais mortais

A teoria é atractiva − se o sistema imunológico do organismo humano fosse capaz de identificar e atacar as células tumorais como faz contra os vírus ou bactérias externas, talvez as próprias células defensivas pudessem acabar com elas internamente. Mas isto não é assim tão simples. É necessário haver uma resposta suficientemente intensa para que tenha potencial anti-canceroso, mas sem efeitos secundários indesejáveis.
A última tentativa de encontrar uma vacina para combater um dos tipos de cancro mais mortais vem publicada na revista American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

O mesotelioma produz-se na pleura, a membrana que reveste os pulmões e está fortemente relacionado com a exposição ao amianto, um componente tóxico que se usou durante décadas na indústria antes da sua proibição.

A equipa de Joachim Aerts, do Centro Médico Erasmo de Roterdão, na Holanda, tem estado a provar a eficácia de uma vacina contra o mesotelioma.
Os testes em animais mostraram que as células dendríticas do próprio sistema imunitário eram capazes de travar a doença e agora acabam de publicar os resultados com os primeiros dez pacientes que testaram a terapia.

Ensaios e eficácia

Trata-se ainda da primeira fase do ensaio, cujo primeiro objectivo era demonstrar que a terapia também é segura em humanos, mesmo que anteriormente já tenham observado indícios de eficácia.
Os investigadores extraíram células dendríticas imaturas do sistema imunitário de dez pacientes com mesotelioma em fases iniciais que já tinham sido sujeitos a quimioterapia.

Em laboratório, estas células defensivas foram tratadas para que reconhecessem como estranhos os antigénios do tumor e posteriormente foram reinjectadas no organismo (três vezes durante duas semanas).

Mesmo que o trabalho ainda seja experimental para dar conclusões exactas, os investigadores observaram nas amostras de sangue dos participantes um aumento significativo de anticorpos − as substâncias que produz o organismo quando detecta elementos estranhos.

Em relação a efeitos secundários apenas se registaram alguns problemas de febre e sintomas parecidos com a gripe no dia seguinte à injecção.

Amianto continua a atacar

“Detectámos uma resposta imune num número mínimo de pacientes após a vacinação, se isto se traduz numa melhora da esperança de vida a longo prazo deve ser elucidado em futuros trabalhos”, reconhecem os autores. Três dos pacientes mostraram uma regressão tumoral, mas não se pode concluir que se deva à vacina.
Mesmo que o amianto esteja proibido na grande parte dos países desenvolvidos (na União Europeia foi proibida toda e qualquer utilização desta fibra mineral desde Janeiro de 2005), o mesotelioma é uma doença que pode levar de 20 a 50 anos a desenvolver-se desde o momento da exposição.
Por isto, Aerts alerta que a incidência e mortalidade causada por este cancro vai continuar a aumentar mesmo depois de 2020. Com os actuais regimes de quimioterapia, a esperança média de vida depois do diagnóstico não supera os 12 meses e os investigadores acrescentam que “é urgente continuar a trabalhar em vias alternativas que levem a novas terapias”.

Célula dendrítica ataca célula cancerígena

segunda-feira, 8 de março de 2010

No Dia da mulher... e nos outros dias!

Para todos, uma flor especial:

Camellia japonica "Portuense"

"colhida" em Dias com árvores


visite o site da Associação Portuguesa de Mulheres Cientistas  (AMONET)

terça-feira, 2 de março de 2010

Quercus considera autorização de transgénicos uma «má notícia»

Hoje às 14:58

A especialista da Quercus em Transgénicos, Margarida Silva explica que a batata que será comercializada vai criar resistência a antibióticos importantes para os humanos.


Em declarações à TSF, a coordenadora da plataforma "Transgénicos Fora" afirmou que a decisão da Comissão Europeia em autorizar o cultivo de transgénicos vai prejudicar a saúde dos seres humanos e dos animaisMargarida Silva garante que a entrada deste produto transgénico na cadeia alimentar humana é quase «inevitável»Margarida Silva acusa ainda a Comissão Europeia de ter contrariado a vontade dos Estados Membros ao tomar esta decisão.

Ouça aqui:
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1508818

A especialista da Quercus em Transgénicos e coordenadora da plataforma "Transgénicos Fora" afirmou, esta terça-feira à TSF, que a decisão da Comissão Europeia em autorizar o cultivo e comercialização de organismos geneticamente modificados vai prejudicar a saúde dos seres humanos e dos animais.

De acordo com Margarida Silva, a batata Amflora, que poderá ser cultivada para fins industriais e a sua fécula poderá ser usada em rações, vai criar resistência a antibióticos importantes para os humanos.

«Esta batata tem um gene que confere resistência a antibióticos relevantes tanto em termos de saúde humana como em termos de saúde animal. Isso significa que ao introduzir isto na nossa cadeia alimentar, os micróbios podem adquirir essa resistência que está presenta na batata (facilmente passa para os micróbios, pro exemplo, do nosso intestino), e se ficarmos doentes os antibióticos deixam de ter efeitos», alerta a especialista.

Margarida Silva acrescenta que, apesar de a autorização ser dada no âmbito do cultivo com fins destinados à indústria e alimentação animal, a entrada deste produto transgénico na cadeia alimentar humana é quase «inevitável».

«Embora esta batata tenha como intuito principal a utilização industrial, ela foi aprovada para consumo animal e para consumo humano. A História tem mostrado isso à exaustão, é absolutamente inevitável. Esta batata vai ser cultivada para uns fins, mas vai aparecer noutros fins, vai aparecer na nossa cadeia alimentar e portanto nós vamos estar expostos a aspectos que a legislação diz, desde 2004, que devíamos estar protegidos», explicou.

A especialista da Quercus em Transgénicos acusa ainda a Comissão Europeia de ter contrariado a vontade dos Estados Membros ao tomar esta decisão.

A Comissão Europeia autorizou, esta terça-feira, o cultivo e comercialização de organismos geneticamente modificados (OGM) na União Europeia (UE), no primeiro caso a batata Amflora e no segundo três variedades de milho.

A Comissão Europeia assegura que as espécies geneticamente modificadas foram analisadas ao detalhe, nomeadamente no que respeita a resistência a antibióticos.

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1508818

Bruxelas autoriza cultivo e comercialização de OGM

Agricultura na UE
por LusaHoje

«A Comissão Europeia autorizou hoje o cultivo e comercialização de organismos geneticamente modificados (OGM) na União Europeia (UE), no primeiro caso a batata Amflora e no segundo três variedades de milho.

A batata Amflora pode ser cultivada para fins industriais e a sua fécula poderá ser usada em rações.
No caso do milho, três variedades receberam autorização para serem usadas em alimentação humana e animal.
A Comissão Europeia assegura que as espécies geneticamente modificadas foram analisadas ao detalhe, nomeadamente no que respeita a resistência a antibióticos.
Bruxelas garante ainda que a Amflora será colhida antes de produzir sementes, de modo a evitar a sua disseminação.

"Estas decisões foram tomadas com base em pareceres favoráveis emitidos ao longo dos anos pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (AESA)", garantiu o comissário para a Saúde e Defesa do Consumidor, John Dalli.
Em relação à batata Amflora, a luz verde da AESA foi dada pela primeira vez em Fevereiro de 2006 e reiterada o ano passado.

Por outro lado, foi autorizada a comercialização e transformação das combinações de milho geneticamente modificadas MON863xNK603, MON863xMON810 e MON863xMON810xNK603.

Estes OGM resultam da combinação de combinações genéticas já autorizadas.

No ano passado, milho "MON 810" foi cultivado em cinco Estados-membros, incluindo Portugal, e está em curso o processo de renovação da autorização, prevendo-se a sua conclusão até ao verão.

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1508745

segunda-feira, 1 de março de 2010

Portugal participa pela primeira vez no «Fame Lab»

Concurso visa criar uma nova geração de comunicadores na área científica

2010-02-28
CienciaHoje
Por Catarina Amorim

«O Ciência Viva e o British Council lançam pela primeira vez em Portugal o concurso internacional de comunicação de ciência - “FameLab”. A competição, que existe desde 2005 no Reino Unido, conta já com a participação de 14 países , da Grécia a Israel, e este ano Portugal junta-se aos concorrentes. O concurso consiste numa apresentação de 3 minutos de um tópico científico. Esta é dirigida a um público não especializado e pretende-se clara, inovadora e carismática.

A ideia é possibilitar a quem trabalha em ciência – seja como professor, cientista ou simples estudante – partilhar o seu entusiasmo e conhecimento com o público, dando-lhes ao mesmo tempo a oportunidade de participar num evento internacional de comunicação de ciência.

Parte do objectivo é criar também uma nova geração de comunicadores de ciência que ajudem a dinamizar o conhecimento científico do grande público, tornando a ciência viva a todos aqueles que sem suspeitar vivem imersos nela dia após dia mas são os primeiros a achar que é demasiado complicada. Os tópicos a apresentar são escolhidos pelos participantes e...» continua aqui

Novo estudo revela por que alguns seropositivos são imunes à SIDA

Moléculas alfa-defensinas concentram-se em quantidades muitos superiores nos indivíduos

que não desenvolvem a doença

CienciaHoje
2010-02-25

Existem alguns indivíduos seropositivos, uma minoria de cinco por cento, que nunca chegam a desenvolver a SIDA, mesmo não tomando antiretrovirais. Esse fenómeno tem sido um mistério para a ciência. Agora, um grupo de investigadores do Hospital Clínic, em Barcelona, publica um estudo na «PLoS One» onde revela novidades sobre este fenómeno.

O segredo está no funcionamento do sangue, onde se esconde uma família de células do sistema imunológico, as dendríticas. Aí, as moléculas alfa-defensinas concentram-se em quantidade até dez vezes superiores à dos restantes infectados pelo vírus.
....


No início, a infecção é igual para todos, sejam eles «controladores de elite» ou não. Algumas horas depois de entrar numa primeira célula sanguínea, o HIV faz 500 mil cópias de si próprio.
Apesar de essas cópias morrerem na luta com as células do sistema imunitário, o vírus continua a autoreproduzir-se até estabilizar com uma presença constante de 50 mil cópias por mililitro de sangue.
Na minoria de infectados, este processo pára pouco depois a infecção ter início. As moléculas alfa-defensinas das células dendríticas não permitem que o vírus complete a sua viagem através do sistema imunitário. Sem tomar qualquer medicamento, os «controladores» continuam durante anos com apenas 50 cópias do vírus por mililitro de sangue.

continua...

Mais um passo na descoberta da origem do vírus da SIDA

Estudo foi realizado em seis casais de homens


CienciaHoje
2010-02-12

«A infecção por via sexual do vírus da imunodeficiência humana (HIV) entre homens que têm relações com outros homens é a que mais tem aumentado em todo o mundo. No entanto, apesar desta maioritária via de transmissão, pouco se sabe sobre o mecanismo por o qual o sémen passa o vírus ao organismo do companheiro.



Investigadores da Universidade da Califórnia tentam minimizar este mistério ao reparar que o plasma seminal é o principal responsável da infecção, mais do que os glóbulos brancos e do que os outros componentes do sémen.»
“Ao examinar as sequências genética do HIV em mostras de sémen e de sangue de seis casais, reparamos que as partículas virais de RNA do vírus encontradas no homem recem infectado estavam relacionadas com as partículas no homem que era seropositivo. Ou seja, os fragmentos de HIV que flutuam no plasma são a principal fonte de infecção”, explicou ao El Mundo Davey Smith, professor de medicina da universidade norte-americana e coordenador do estudo. “Não obstante, as células também tem capacidade para infectar”, conclui.