Sol, 24de Agosto 2012
Uma criança de cinco anos foi levada para o hospital após contacto com uma
caravela portuguesa, na praia Morena, na Costa da Caparica. Esta é uma espécie
de alforreca com tentáculos que podem atingir os 15 metros e que em contacto com
a pele provoca uma forte reacção alérgica.
Caravela portuguesa (Physalia physalis) |
Em causa esteve o organismo conhecido por caravela portuguesa (Physalia physalis), que apesar do nome não costuma estar em águas lusas.
A caravela portuguesa é «uma das alforrecas mais perigosas que existem, mas
raramente aparecem na costa continental portuguesa», conta ao SOL Carlos Sousa
Reis, especialista em biologia marinha.
De acordo com o biólogo, esta espécie é constituída por uma estrutura emersa
em forma de vela, de cor azulada e apresenta alguma transparência, à qual estão
ligados tentáculos, que podem chegar aos 15 metros. Estão cobertos por milhares
de células que possuem substâncias irritantes que em contacto com a pele
libertam «veneno», que provoca dores intensas e imediatas.
Saiba o que fazer
Em caso de contacto físico, Carlos Reis deixa alguns conselhos. «Deve
colocar-se compressas de água do mar e vinagre para alíviar a dor. Não se deve
utilizar água doce ou álcool, provocam o aumento da libertação do veneno, também
não convém esfregar a área atingida».
O manuseamento deste tipo de espécie marinha deve ser feito de «forma
indirecta, evitando qualquer contacto directo», mesmo quando se encontrem no
areal, pois «a toxina permanece activa ainda que o animal fique exposto ao sol
várias horas», realça o especialista.
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