quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Dia das Doenças Raras



Raríssímas
 Doenças Raras Sem Fronteiras

"O tema de 2013 traz-nos uma perspectiva internacional sobre as doenças raras e a importância de estabelecer uma rede internacional de solidariedade, evitando o isolamento de milhões de doentes.
Pelas doenças raras, vamos derrubar fronteiras"
Fedra

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cientistas conseguem bloquear entrada de VIH e ébola nas células

 27 de Fevereiro, 2013
"A equipa de investigadores do Serviço de Microbiologia do Hospital 12 de Outubro de Madrid conseguiu bloquear a entrada dos vírus VIH e ébola nas células do sistema imunitário para impedir que se espalhem por todo o corpo."
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"A investigação, na qual os cientistas estão a trabalhar há 10 anos, encontra-se na primeira fase, sendo o passo seguinte o estudo com pequenos animais."
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 continua aqui
Lusa/SOL
O virus que causa a SIDA, o HIV, utiliza um receptor celular para entrar na suas células hospedeiras: os Linfócitos T CD4 (Linfócitos T auxiliares) . Ao reproduzir-se, o HIV destrói os LT auxiliares, comprometendo a resposta imunitária. 
SIDA significa “Síndrome de Imunodeficiência Adquirida”.  As pessoas infectadas por HIV estão suheitas a padecer de todo tipo de infecções por perda dos seus LT auxiliares (LTh).


adaptado de http://www.genomasur.com/BCH/BCH_libro/capitulo_08.htm


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Gripe A

Nove pessoas infetadas com o vírus da gripe A deram entrada, em estado grave, esta semana, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Correio da Manhã
23 Fevereiro 2013

A subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou ao CM que o aumento de doentes com pneumonia atípica não é devido ao novo coronavírus, que é contagioso e fatal. "Não há em Portugal casos de pneumonia por coronavírus, são casos próprios da época." 

Revista "Quero Saber" pag. 39 - Edição anual ( "Tipos de germes")


O que posso fazer para prevenir a disseminação do vírus caso esteja doente?

- Limite o contacto com outras pessoas, tanto quanto possível;
- Mantenha-se em casa durante sete dias, ou até que os sintomas desapareçam, caso estes perdurem;
- Cubra a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, usando um lenço de papel; nunca as mãos! Em último recurso utilize o antebraço;
- Utilize lenços de papel uma única vez e coloque-os de imediato no lixo;
- Lave frequentemente as mãos com água e sabão, em especial após tossir ou espirrar;
- Pode usar toalhetes descartáveis com soluções alcoólicas.

http://www.uc.pt/gripe/perguntas-respostas/oquee



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"Há carne de vaca picada à venda em Portugal sem condições, diz a Deco"



http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ha-carne-de-vaca-picada-a-venda-em-portugal-sem-condicoes-diz-a-deco-1585340
"... Carne contaminada com salmonela, listeria e outros microrganismos, carregada de conservantes proibidos, e colocada à venda a temperaturas muito superiores ao estabelecido por lei: um estudo da DecoProteste em 34 talhos na zona da Grande Lisboa e do Grande Porto revelou resultados “alarmantes”. A carne picada que se encontra à venda representa um perigo para a saúde pública, alerta a associação de defesa do consumidor".

"...O mais preocupante no estudo da Deco é, para Nuno Lima Dias, a quantidade de sulfitos encontrados – estes conservantes que são inibidores de microorganismos, dão uma aparência de frescos a produtos que não o estão e foram detectados (em alguns casos em elevadas quantidades) em 60 % das amostras de carne picada recolhidas..."


“Os sulfitos evitam, por exemplo, que a carne escureça”, explica. E não tem dúvidas de que representam um sério perigo para a saúde pública, podendo causar dores de cabeça, náuseas, problemas cutâneos ou digestivos, e, em alguns casos, crises de asma. O técnico da Deco lembra que a legislação obriga a identificar claramente a existência de sulfitos nos produtos em que estes estão autorizados, como acontece com o vinho. E nesses casos é obrigatório fazê-lo a partir de 10 miligramas de sulfitos por quilo ou litro. “Encontrámos na carne picada valores 100 ou 150 vezes superiores”

"...Muito grave também, para a Deco, é o facto de na maioria dos estabelecimentos visitados a carne estar a temperaturas muito acima dos 2º C previstos pela lei. Só oito talhos respeitavam a legislação – os 26 restantes tinham temperaturas muito superiores (4,6ºC em média em Lisboa, 6,3ºC no Porto), embora os expositores indicassem temperaturas muito inferiores..."

" Para além da salmonella (encontrada em 25% das amostas) e da listeria monocytogenes (em 35%), foram detectados na carne picada indicadores de contaminação fecal como o E.coli, e “elevado número de bactérias”. Um “panorama abundante de microrganismos, alguns potencialmente patogénicos” que leva a Deco aconselha os consumidores a só comprarem carne picada no momento e a cozinhá-la muito bem."

notícia integral aqui

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Feira de Garagem SACHE

Campanha na ZARCO a favor da ASPORI

Traz para a Escola latas, latinhas... tampas e tampinhas de metal e coloca-as no contentor assinalado:



EXAMES 2013



 mais informações aqui: A NORMA 01/JNE/2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

21º Concurso - Jovens Cientistas e Investigadores

Mais informações aqui

Reler o MAR


Participa...

arquivo pessoal _mclameiras


AS MINHAS ILUSÕES


Hora sagrada dum entardecer
De Outono, à beira mar, cor de safira,
Soa no ar uma invisível lira...
O sol é um doente a enlanguescer...

A vaga estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabeça que delira
Num último suspiro, a estremecer!

O sol morreu... e veste luto o mar...
E eu vejo a urna de oiro, a balouçar,
À flor das ondas, num lençol de espuma.

As minhas ilusões, doce tesoiro,
Também as vi levar em urnas de oiro,
No mar da Vida, assim...uma por uma...

Florbela Espanca

Conhecer o OCEANO




Os Princípios Essenciais são ideias-chave que a sociedade deve conhecer sobre o Oceano.
Cada Princípio Essencial é por sua vez suportado por diversos Conceitos Fundamentais.


Através dos Princípios Essenciais e Conceitos Fundamentais é possivel envolver a sociedade nos temas do Mar.

Princípio 1. A Terra tem um Oceano global e muito diverso.
Princípio 2. O Oceano e a vida marinha têm uma forte ação na dinâmica da Terra.
Princípio 3. O Oceano exerce uma influência importante no clima.
Princípio 4. O Oceano permite que a Terra seja habitável.
Princípio 5. O Oceano suporta uma imensa diversidade de vida e de ecossistemas.
Princípio 6. O Oceano e a humanidade estão fortemente interligados.
Princípio 7. Há muito por descobrir e explorar no Oceano.

CIIMAR nas ESCOLAS

CIIMAR _ Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental







sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Vitamina B9 antes e durante gravidez reduz risco de autismo


Suplementos de vitamina B9 (ácido fólico) antes e no início da gravidez reduzem em perto de 40 por cento o risco de autismo do recém-nascido, indica um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) de hoje.

“Os resultados confirmam trabalhos anteriores sobre a importância do ácido fólico para o desenvolvimento do cérebro e aumentam a possibilidade de um importante e barato meio de prevenção para reduzir o autismo”, considerou Ezra Susser, professor de epidemiologia na Universidade de Columbia em Nova Iorque e um dos autores do estudo.
notícia completa aqui

PEM - Seminário Internacional

Os materiais (posters e outros documentos) apresentados no Seminário Internacional Projetos Educativos Municipais (PEM) – dinâmicas de construção, implementação e monitorização que decorreu nos dias 23 e 24 de janeiro de 2013 no  Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, estão já disponíveis.

Por favor carregue aqui para aceder aos materiais. (ou Posters)

Poster

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Feliz dia de S.Valentim!

Não deve ser original mas esta foi a frase da minha eleição:

"O AMOR é como uma borracha, fica menor a cada erro cometido."









quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Prevenir é o melhor remédio

Foto do dia


 TIAGO PETINGA/LUSA
"Prevenir é o melhor remédio"

"Voluntários do Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA foram até a Assembleia da República reforçar a importância do uso do preservativo para prevenir o VIH e as doenças sexualmente transmissíveis. Hoje assinala-se o Dia Internacional do Preservativo".

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Genes contra a diabetes

 
 
11 de Fevereiro, 2013
por Ricardo Nabais
 
É um importante passo para a cura da diabetes tipo 1, dizem cientistas da Universidade Autónoma de Barcelona.

Uma simples sessão de diversas injecções de dois vectores genéticos é o que basta para curar a diabetes em animais de grande porte, sugere um estudo apresentado por cientistas da Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha), que lideram um vasto grupo internacional que experimenta há anos esta opção terapêutica.

O grupo usou agulhas simples – semelhantes às usadas para tratamentos cosméticos – nas patas traseiras de cães que padeciam da doença.
A injecção introduziu-lhes genes com dois objectivos: para expressar os genes da insulina (a substância em falta em qualquer diabético, que a tem de inocular várias vezes por dia) e, por outro lado, para expressar uma enzima que actua como regulador da captação de glicose no sangue.
O resultado superou as expectativas, disse Fàtima Bosch, a coordenadora do grupo catalão, à revista científica Science Daily: «O estudo é a primeira demonstração de cura da diabetes a longo prazo num modelo de animal de grande porte, através da terapia genética».
...
Ao fim de quatro anos, não apresentaram mais sinais da doença. O grupo abriu, assim, uma pequena porta de esperança, que não se vai traduzir já em resultados para seres humanos. Ainda falta fazer os testes em animais de laboratório mais semelhante geneticamente a nós e esperar resultados com igual eficácia.

Ao contrário da diabetes tipo 2 – a que conta maior incidência no mundo –, que geralmente dá sinais em adultos ao longo de uma vida de excessos alimentares, a origem da de tipo 1 é desconhecida, sabendo-se apenas que consiste numa falha do sistema imunológico, que ataca as células do pâncreas que produzem a insulina até esta deixar de ser fabricada ‘naturalmente’ no organismo (daí a insulinodependência deste grupo de diabáticos).

noticia completa aqui
ricardo.nabais@sol.pt



Vírus geneticamente modificado "mata" cancro

 11 de fevereiro de 2013
saude.sapo.pt

Um vírus geneticamente modificado testado em 30 doentes em fase terminal de cancro do fígado prolongou significativamente as suas vidas, matando os tumores existentes e impedindo o crescimento de novos, informaram cientistas.

“Pela primeira vez na história da medicina demonstrámos que um vírus geneticamente manipulado pode melhorar a sobrevivência de doentes com cancro”, disse no domingo David Kirn, co-autor do estudo internacional, à agência France Presse.
Os 16 doentes que receberam uma dose elevada da terapia sobreviveram em média 14,1 meses, contra 6,7 meses dos 14 restantes pacientes que receberam uma dose mais baixa.
O ensaio durante quatro semanas com a vacina Pexa-Vec ou JX-594, divulgado na revista Nature Medicine, pode representar um progresso no tratamento de tumores sólidos avançados.

“Apesar dos avanços no tratamento do cancro nos últimos 30 anos, com quimioterapia e biológicos, a maioria dos tumores sólidos continuam incuráveis depois de metastizarem (se espalharem para outros órgãos)”, escreveram os autores do estudo.

O Pexa-Vec “foi concebido para se multiplicar e subsequentemente destruir as células cancerosas, ao mesmo tempo que torna o sistema imunitário dos doentes também capaz de as atacar”, disse Kirn, da empresa de bioterapia Jennerex com sede na Califórnia.
“Os resultados demonstraram que o tratamento Pexa-Vec, com ambas as doses, resultou na redução do tamanho do tumor e na diminuição do fluxo sanguíneo para os tumores”, informou a Jennerex num comunicado, adiantando que os dados mostram igualmente que “o tratamento induziu uma resposta imune contra o tumor”.

notícia integral aqui:
http://saude.sapo.pt/noticias/saude-medicina/virus-geneticamente-modificado-mata-cancro.html

ler a mesma notícia aqui: CienciaHoje Vírus geneticamente modificado salva doentes em fase terminal - Pexa-Vec destrói células cancerígenas

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

ALERTA -A processionária chegou aos pinheiros da Zarco

NÃO DEVE TOCAR

 

"A processionária ou lagarta-do-pinheiro é uma praga florestal que, para além de causar danos importantes em matas de coníferas, pode causar intoxicações severas em humanos e animais domésticos através do contacto com os seus pêlos urticantes."

 O que é a processionária ou lagarta-do-pinheiro?

Os pinheiros e cedros servem de hospedeiros a uma lagarta da família Thaumetopoidea, género Thaumetopoea, e espécie Thaumetopoea pityocampa, que causa por vezes grandes danos em vastas áreas florestais, sendo por muitos considerada o agente mais destrutivo dos pinhais a seguir aos incêndios.

Lagarta-do-pinheiro ou processionária

Os seus efeitos nefastos não se restringem a estas espécies florestais mas a muitas espécies animais que com ela contactam. No seu habitat natural, as raposas, os ginetes e os texugos são muitas vezes afectados por este ser rastejante. Cavalos, ovelhas e porcos são também surpreendidos durante a pastagem, bem como diversas espécies de aves que, na procura de alimento, são afectadas por esta lagarta.
 Na fauna doméstica, o cão e o gato são objecto de consulta veterinária frequente pelos efeitos alérgicos que a processionária neles provoca.
 
O ciclo de vida da processionária

Ciclo de vida da Thaumetopoea pityocampa
 
O seu ciclo de vida compreende diversas fases ao logo de todo o ano, algumas delas inofensivas para os seres acabados de referir. A lagarta propriamente dita eclode dos ovos depositados nas copas dos pinheiros em meados de Setembro. A partir daqui vai sofrer uma evolução constante até ao estádio em que, pela sua constituição anatómica e fisiológica, é capaz de desencadear reacções alérgicas em muitos dos seres vivos que com ela contactam. Toda esta evolução ocorre em cinco fases, sendo a partir da terceira (em meados de Novembro) que lagartas provenientes de diversas posturas constroem o seu ninho de resistência capaz de enfrentar o frio do Inverno que se avizinha
 

Ninho de processionária na copa do hospedeiro
 
É então que, desde meados de Fevereiro até fins de Maio (com oscilações provocadas pelas condições climatéricas), as lagartas descem das copas das árvores hospedeiras até ao solo, em procissão (daí o nome comum de processionária) normalmente liderada por uma fêmea.
Nesta altura, a processionária tem o corpo dividido em pequenos segmentos, cada um dos quais com milhares de pêlos urticantes de coloração alaranjada que se vão libertando à medida que a larva se move. São estes pêlos que, quando em contacto com a pele, mucosas e olhos provocam a reacção alérgica tão indesejada.

Deslocação das larvas em procissão

Terminada a procissão, as lagartas dão início à fase subterrânea do seu desenvolvimento, enterrando-se a alguns centímetros de profundidade do solo. Em climas frios, estas procuram as zonas banhadas de sol enquanto que em climas quentes preferem as zonas sombrias. Aqui evoluem para o estádio de pupa ou crisálida que, desde finais de Junho até Agosto sofrem uma metamorfose originando as borboletas (insecto adulto) que acasalam entre si. As fêmeas depositam os seus ovos nas copas dos pinheiros, fechando assim o seu ciclo biológico.

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Métodos de controlo da processionária
 
Como MAIS VALE PREVENIR QUE REMEDIAR, é importante saber quais as medidas de erradicação desta praga e como fugir aos seus efeitos. O conhecimento do ciclo biológico da lagarta do pinheiro é a base das medidas profiláticas a tomar.
Durante os dois primeiros estádios larvares, antes de se formar a lagarta capaz de provocar reacções alérgicas (estádio 3), os métodos de destruição químicos são os mais eficazes. Este objectivo pode ser conseguido provocando a morte das larvas de estádio 1 e 2 ou impedindo a evolução destas últimas para o estádio 3. Seja qual for a opção, a maior preocupação é escolher o produto eficaz e de baixa toxicidade para o Homem, fauna e flora envolventes. No nosso mercado existem dois grupos de produtos que preenchem estes requisitos. São eles os compostos de diflubenzurão (inibidores do crescimento das larvas 2) e os compostos de Bacillus thuringiensis (insecticidas das lagartas 1 e 2). A aplicação de produtos químicos com recurso a meios aéreos deve ser comunicada com pelo menos oito dias de antecedência às direcções Regionais de Agricultura e Delegações Regionais de Saúde (Lei nº 10/93, de 6 de Abril).
Aquando da formação dos ninhos pelas larvas estádio 3 (meados de Novembro), a medida mais eficaz é a destruição dos mesmos sendo queimados ou esmagados no solo.
 
Na altura da procissão das lagartas (de Fevereiro a Maio), é recomendado fazer a sua destruição mecânica criando uma espécie de armadilha no tronco do pinheiro, que consiste numa cinta de plástico com cerca de 1 metro embebida em cola inodora (à base de poli-isolbutadieno). As que escaparam a este método podem ser capturadas no chão (enquanto rastejam) ou desenterradas do solo (a cerca de centímetro e meio de profundidade) com o auxílio de algum instrumento de jardinagem adequado e posteriormente esmagadas ou queimadas.
 
Qualquer um dos métodos de combate a esta praga florestal exige o máximo de cuidado por parte de quem o pratica. É indispensável o uso de luvas, vestuário apropriado para protecção de todo o corpo, máscara de protecção para nariz e boca. Há que seguir à risca as instruções de manuseamento e utilização de cada produto.
 
Pelo que ficou dito: Em zonas florestais onde a lagarta do pinheiro é hóspede, deve evitar-se o passeio ou a pastagem dos animais bem como a aproximação das crianças, principalmente na Primavera. Em caso de contacto com a processionária, o tratamento médico ou médico-veterinário é urgente! "
 
Artigo completo aqui : Naturlink
 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Os novos tratamentos contra o cancro


 Ler aqui: Revista Notícias Magazine
por Célia Rosa Fotografia de Leonel de Castro/Global Imagens

"Individualizados, direcionados para cada tipo de tumor, mais eficazes e menos tóxicos. Com os novos tratamentos. os doentes vivem mais anos e têm melhor qualidade de vida. Na véspera do Dia Mundial da Luta contra o Cancro, que se assinala amanhã, eis as principais novidades no controlo da doença.

Médicos e investigadores estão de acordo: vamos ter mais doentes com cancro mas vamos tratá-los cada vez mais cedo e melhor, curando a doença ou mantendo-a sob controlo. A esperança está nas chamadas terapias dirigidas: medicamentos e outras substâncias que têm como alvo alterações específicas das células malignas e que agem bloqueando o seu crescimento e impedindo a disseminação do cancro.
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Prof. Sobrinho Simões (IPATIMUP)

Manuel Sobrinho Simões, médico, investigador e presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) também é cauteloso: «Para já, as novas abordagens destinam-se a tratar pessoas com doença avançada, em segunda e terceira linha, pois ninguém se arrisca a dizer que vai abandonar o que funciona bem e oferece excelentes resultados, como a cirurgia e a radioterapia, para passar a tratar tudo com medicamentos biológicos. Sei que funcionam muito bem nos ratinhos injetados com cancros humanos, que crescem e são muito parecidos com os nossos, mas quando se experimenta no homem não é a mesma coisa, tirando meia dúzia de exceções», afirma o professor."

«Medicamento-maravilha»

Uma dessas exceções chama-se Imatinib, é um inibidor da tirosina cinase e revolucionou o tratamento da leucemia mielóide crónica (LMC). Manuel Abecasis, hematologista e diretor da unidade de transplante de medula do IPO de Lisboa, diz que a sua descoberta «foi o avanço mais espetacular» de que tem memória. «A LMC era a doença que mais transplantávamos e, hoje, quase que desapareceu das estatísticas da transplantação. Foi possível transformar uma doença fatal após um período de quatro ou cinco anos (se não fizesse entretanto um transplante) numa doença crónica, controlada com um comprimido diário, quase sem efeitos secundários, oferendo aos doentes a possibilidade de uma vida normal, semelhante à de qualquer outra pessoa, durante muitos anos. A eficácia do Imatinib surpreendeu a maior parte dos médicos e, em pouco tempo, passou a ser usado em primeira linha no tratamento da LMC», afirma Manuel Abecasis.


O Imatinib, um medicamento da Novartis, nasceu da investigação de mecanismos moleculares da LMC (uma translocação entre os cromossomas 9 e 22, levando a um cromossoma 22 mais pequeno, o chamado cromossoma-de-filadélfia) e foi pensado e desenhado em laboratório para atuar especificamente na anomalia genética que força as células tumorais a dividirem-se sem cessar. Resultado: mudou a história natural da doença. A revista Time deu-lhe uma capa e chamou-lhe «medicamento-maravilha».

Tiro ao alvo
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O HER2, explica José Carlos Machado, investigador do Ipatimup, «é um alvo anticancro muito específico - o medicamento une-se às proteínas HER2 e impede o crescimento das células cancerígenas e ajuda o sistema imunitário a destruí-las. Como só atua nas células malignas, causa menos efeitos secundários do que os medicamentos de quimioterapia, que também afetam as células saudáveis».

Drogas que atuam exclusivamente nas células tumorais e, por isso, com menos efeitos secundários são o paradigma dos tratamentos-alvo e o Imatinib e o Trastuzumab são apenas duas das substâncias entre as várias que entretanto surgiram e que atuam diretamente nos mecanismos dos tumores. Alguns tipos de cancro, só alguns, da mama, cólon e reto, pulmão, rim, melanoma, próstata, cérebro e certas leucemias beneficiam hoje do tratamento deste tipo de medicamentos.

Remédios que fazem a diferença

Das dezenas de medicamentos dirigidos aprovados nos últimos anos, há pelo menos três que ficarão nos anais da história da oncologia.

Imatinib (Glivec, Novartis) - A molécula que revolucionou o tratamento da leucemia mieloide crónica (LMC), que era uma doença quase sempre fatal. Desde 2002 que é usado como primeira escolha e transformou a LMC numa doença que não impede uma vida longa.

Trastuzumab (Herceptin, Roche) - anticorpo monoclonal usado no tratamento de mulheres com cancro da mama HER2+. Recentemente, passou a ter indicações para uso no tratamento do cancro do estômago metastizada HER2+, mas não tem tão bons resultados.

Rituximab (MabThera, Roche) - O primeiro medicamento dirigido que foi aprovado. É um anticorpo monoclonal utilizado para tratar linfomas das células B e leucemia linfócita crónica (também é usado no tratamento da artrite reumatoide).

O PROMISSOR

Vemurafenib (Zelboraf, Roche) - Foi recentemente aprovado e é uma esperança para o tratamento de adultos com melanoma, com mutação no gene BRAF, e desde que o tumor não possa ser removido cirurgicamente ou se já estiver metastizado. O melanoma é um dos tumores mais agressivos e, em princípio, esta droga retarda ou para o desenvolvimento do tumor.
 continua

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Alguns marcos históricos


1846 - Uso da anestesia geral (vaporizador rudimentar com éter e inalador) abre portas à moderna cirurgia do cancro.
1880 (década) - Mastectomia radical (remoção de toda a mama, nódulos linfáticos e músculos do peito). Cirurgia agressiva e desfigurante para «cortar o cancro pela raiz.» A ideia de arrancar o cancro do corpo vingou e foi usada nas operações a outros órgãos.
1903 - Primeira utilização da radiação no tratamento do cancro, cinco anos depois de Marie Curie ter descoberto os raios X.
1943 - Introdução da citologia, inventada por George Papanicolaou, permitiu reduzir drasticamente a mortalidade associada ao cancro do colo do útero.
1947 - Pela primeira vez foi documentada a remissão de uma leucemia numa criança de 4 anos
1949 - A FDA aprovou a primeira droga quimioterapêutica, desenvolvida a partir do gás mostarda.
1950/60 - Estudos demonstraram que o consumo de tabaco está na origem do cancro do pulmão. Primeiras campanhas antitabágicas nos EUA.
1965 - Um novo regime de quimioterapia designada por MOPP (combinando quatro diferentes drogas) consegue curar metade dos doentes afetados com linfoma Hodgkin.
1971 - No cancro da mama inicial, a mastectomia deixou de ser tão invasiva e passou a preservar os músculos do peito.
1975-76 - Quimioterapia adjuvante (depois da cirurgia) aumenta as taxas de sucesso no tratamento do cancro da mama em fase inicial.
1977 - Um novo tratamento, combinando várias drogas, demonstra eficácia em setenta por cento dos doentes com cancro do testículo em estado avançado.
1970 (final da década) - Uso crescente da mamografia e implementação de programas de rastreio do cancro da mama. Em meados dos anos 1980, cerca de um terço das mulheres americanas com mais de 40 anos já tinham feito um exame.
1981 - FDA aprova a vacina contra o vírus da hepatite B, que provoca cancro do fígado.
1982 - Nova técnica cirúrgica (excisão mesoretal total) evita colostomias em muitos doentes com cancro coloretal.
1986 - Confirmação de que o fumo passivo pode provocar cancro. Aprovação do tamoxifeno para tratamento do cancro da mama positivo para os recetores dos estrogénios. OMS cria recomendações terapêuticas para tratamento da dor oncológica.
1990 (início) - Cirurgia laparoscópica passa a ser usada em oncologia (rim, próstata, cólon e reto). Radioterapia tridimensional (localização e imagens dos tumores e órgãos em 3D) aumenta a precisão, a segurança e a eficácia do tratamento.
1991 - Introdução de novos medicamentos que reduzem os efeitos secundários graves da quimioterapia.
970/90 - Confirma-se que a exposição prolongada ao sol aumenta o risco de desenvolver melanoma.
1997 - FDA aprova o primeiro medicamento dirigido - o Rituximab.
1990 (final da década) - Confirma-se que mulheres com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 têm maior risco de desenvolver cancro da mama e dos ovários e têm indicação para cirurgia profilática. Radioterapia de intensidade modulada - maior precisão e preservação dos tecidos envolventes permite.
1998 - Tamoxifeno passa a ser usado para prevenir recidivas do cancro da mama hereditário (alteração genes BRCA1 e BRCA2). Quimioterapia neoadjuvante (antes da cirurgia) reduz tamanho dos tumores e aumenta as cirurgias conservadoras da mama.
1998/2006 - Investigado e aprovado o Trastuzumab, o primeiro medicamento dirigido para tratamento de cancro da mama HER2+.
2001 - Aprovação do Imatinib, para tratamento da leucemia mieloide crónica e, com um intervalo de semanas, para tratamento do tumor GIST, um tumor gastrointestinal.
2003 - Cientistas concluíram a descodificação do genoma humano.
2003/2010 - Aprovados medicamentos-alvo para tratamento de alguns tipos de cancros do pulmão, ovário, rim, cérebro, cólon, reto, melanoma.
2004 - Aprovação do primeiro medicamento antiangiogénico, o bevacizumab.
2005 - Começa o Projeto de Genoma do Cancro.
2006 - Aprovada a vacina contra os vírus do papiloma humano, que estão na origem de setenta por cento dos tumores colo do útero
2012 - Novos medicamentos dirigidos para o cancro da mama HER2+.

Nota: Adaptado da American Society of Clinical Oncology (ASCO) - http://www.asco.org/

Extraído de http://www.dn.pt/revistas/nm/interior.aspx?content_id=3027336