segunda-feira, 17 de maio de 2010

Águas do Douro e Paiva

A Águas do Douro e Paiva, SA é concessionária, até ao ano 2026, do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto.

Águas de Portugal SGPS, SA e 18 Municípios Aderentes:
Arouca - Castelo de Paiva - Cinfães - Espinho - Felgueiras - Gondomar - Lousada - Maia - Matosinhos - Oliveira de Azeméis - Ovar - Paços de Ferreira - Paredes - Porto - Santa Maria da Feira - São João da Madeira - Valongo - Vila Nova de Gaia.
 
ETA - Estação de Tratamento de Água
Processo de Tratamento no Complexo de Lever

ETA de LEVER  Considerada das melhores estruturas do género na Europa, a ETA de Lever é responsável pelo tratamento de água para cerca de milhão e meio de habitantes, 85% da população abrangida por todo sistema da AdDP. Constitui por isso a mais emblemática estrutura da empresa e emprega os mais sofisticados meios tecnológicos no processo de tratamento, tornando-a capaz de produzir cerca de 400 mil m³ de água, sempre com base no respeito pelas regras ambientais, encontrando-se perfeitamente integrada na paisagem circundante

Captação

A água é captada na albufeira de Crestuma-Lever por grupos de elevação submersíveis e encaminhada para um reservatório de água bruta.
A cota da superfície da água neste reservatório é suficiente para permitir que todo o escoamento de água seja gravítico até ao final do processo.


Pré-tratamento
Nesta fase, a água da captação recebe um tratamento inicial de filtração pressurizada (sem adição de produtos químicos), passando no sentido descendente por filtros “multicamada”, compostos por uma camada de antracite e por várias camadas de areia, de diferente granulometria. A água, ao ser filtrada por este processo, beneficia de uma forte redução da sua turvação. Em condições mais adversas, consegue-se obter uma percentagem de remoção de turvação de 95%.

Pré-oxidação
A água resultante do pré-tratamento é tratada com ozono. Este produto oxida a matéria orgânica e elimina microorganismos e algas existentes na água. O ozono é produzido no local, a partir do oxigénio.

Floculação
Após a pré-oxidação, a água é doseada com sulfato de alumínio conjuntamente com um floculante. A adição destes reagentes permite a agregação das partículas em suspensão, facilitando a sua separação nas etapas de tratamento subsequentes. Graças ao perfil hidráulico da instalação, a mistura destes produtos com a água é conseguida sem recorrer a misturadores mecânicos, optimizando a eficiência processual e reduzindo os custos energéticos.

Doseamento de carvão activado em pó
Para remover eventuais pesticidas e melhorar as características organolépticas da água, é doseado em situações excepcionais, juntamente com os reagentes floculantes, carvão activado em pó.



CoCoDAFF (Flotação e Filtração)
O processo CoCoDAFF (Counter Corrent Dissolved Air Fltation and Filtration) conjuga numa só unidade duas etapas de tratamento: flotação e filtração. Na primeira, os flocos formados na etapa de floculação são arrastados para a superfície por microbolhas de ar introduzidas na uinidade. Na segunda etapa, a água clarificada entra directamente no filtro, constituído por areia e antracite, onde são capturadas as partículas sólidas mais pequenas, que não tenham sido separadas na flotação. Esta tecnologia permite a remoção eficaz de substâncias pouco densas, nomeadamente algas.





Desinfecção final
É efectuada uma desinfecção final com cloro, de modo a garantir a qualidade bacteriológica da água produzida, quer à saída da estação, quer ao longo de toda a rede de distribuição.

Elevação da água tratada
A água tratada é armazenada num reservatório com capacidade para 30 000 m3, sendo depois elevada para os Reservatórios de Jovim, Lagoa e Seixo Alvo.

Tratamento de Lamas
As águas de lavagem dos filtros e as lamas recolhidas à superfície do CoCoDAFF são dirigidas para a Unidade de Tratamento de Lamas, onde serão desidratadas. Este processo é realizado em duas etapas: espessamento e centrifugação. A água recuperada durante este processo é reencaminhada para o reservatório de água bruta, ou seja, para o início do processo de tratamento de água.

Controlo da Qualidade
Ao longo da Estação de Tratamento existem vários pontos de amostragem e de análise automática de diversos parâmetros da qualidade da água. Estes analisadores permitem uma monitorização constante da eficiência do processo e do controlo da qualidade da água produzida.

Laboratório
Nesta instalação, são realizadas análises de controlo da qualidade da água (desde o seu estado bruto até à conclusão do processo de tratamento] captada e tratada nas várias infra-estruturas da AdDP. Para possibilitar a certificação do laboratório segundo a norma ISO NP EN 17025, foi construído um edifício de raiz junto à ETA de Lever, edifício esse que apresenta 550 m2 de espaço útil, dividido em três áreas principais: Área Administrativa, Área de Análise Físico-Química e Área de Análise Microbiológica.





ETAR - Estação de Tratamento de Águas Residuais
Recurso P.Editora

ETAR de PARADA filme



Processo de Tratamento de Águas Residuais

Tratamento preliminar
A água residual que chega à ETAR é sujeita a um tratamento preliminar que consiste na passagem pela gradagem, tamização (ou peneiração), desarenação e desengorduração. São removidos materiais sólidos de grandes dimensões (gradados), matéria inorgânica (areias, brita) e gorduras.

Tratamento primário
O tratamento primário consiste na remoção dos sólidos em suspensão através da sua deposição por acção da gravidade, podendo também permitir a eliminação de substâncias flotáveis através de um sistema paralelo que efctua a limpeza superficial. Este tratamento é normalmente efectuado em tanques abertos onde a velocidade transmitida ao efluente é controlada por forma a permitir a deposição da matéria sólida no fundo dos órgãos para posterior remoção.

Tratamento secundário
Esta fase do tratamento tem como objectivo essencial a separação física efectiva dos sólidos orgânicos (biomassa) da água depurada. Consiste num tratamento biológico seguido de decantação secundária.

Tratamento biológico
Retenção por processos de adsorção e oxidação, dos elementos poluentes do caudal a tratar, através da acção biológica realizada pela massa bacteriana presente e desenvolvida no meio aquoso. Pode ser aeróbio (quando realizado na presença de oxigénio) ou anaeróbio (realizado na ausência de oxigénio). Quando existem áreas de terreno disponíveis o tratamento pode ser feito por lagunagem (baseado num desenvolvimento simbiótico de algas e bactérias à custa da degradação da matéria orgânica). Quando isso não acontece o sistema utilizado pode ser por lamas activadas (tratamento da água pelo simples arejamento da mesma) ou de leitos percoladores (tratamento da água por biomassa fixa).

Decantação secundária
Processo físico posterior ao tratamento biológico que consiste na depoisção gravítica da matéria em suspensão, idêntico à decantação primária.

Tratamento terciário Permite o controlo de nutrientes e a desinfecção do efluente tratado, podendo ainda fazer-se a remoção de poluentes específicos. As opções de desinfecção a que se recorre antes da rejeição do efluente para o meio ambiente ou na perspectiva da sua utilização em aproveitamentos específicos consistem basicamente na adição de oxidantes/desinfectantes tais como o cloro e ozono e na desinfecção/esterilização por radiação ultravioleta.

Tratamento de lamas
É normalmente constituído pelas seguintes etapas:
- espessamento das lamas por gravidade;
- desidratação/secagem que poderá ser através de prensagem, centrifugação ou em leitos de secagem

Desodorização
Poderá existir, em paralelo, uma linha de desodorização que consiste na extracção de ar contaminado proveniente dos vários órgãos que lhe deram origem, nomeadamente, do espessador por gravidade, do pré-tratamento/desidratação, entre outros, para ser desinfectado por filtragem através de carvão activado ou lavagem química.

http://www.aguaonline.net/gca/index.php?id=102

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