CienciaHoje
2010-10-11
Congelamento suspende biologicamente o envelhecimento das células Uma equipa de investigadores norte-americanos – do Instituto Jones de Medicina Reprodutiva, da Faculdade de Medicina de Eastern Virginia, em Norfolk, na Virgínia – conseguiu que uma mulher de 42 anos tivesse um filho saudável a partir de um embrião que permaneceu congelado durante quase 20 anos. O caso foi relatado num artigo científico publicado na Fertility and Sterility, da Sociedade Americana para a Medicina Reprodutiva.A paciente que recebeu os embriões registava uma baixa reserva ovarina, ou seja, tinha poucos óvulos disponíveis e fazia tratamento de fertilização há já dez anos. Os médicos descongelaram cinco embriões que tinham sido doados anonimamente por um casal que fez um tratamento de fertilização naquela clínica, 20 anos antes.Apenas dois embriões descongelados sobreviveram e foram transferidos para o útero da mulher que, ao fim de uma única gravidez, deu à luz um rapaz saudável.
A equipa, liderada pelo pesquisador Sergio Oehninger, disse que não conhece nenhum caso de gravidez em que um embrião humano tenha permanecido tanto tempo congelado.
O congelamento suspende biologicamente o envelhecimento das células e os cientistas defendem que pode permanecer neste estado durante décadas. Até agora, o tempo de maior duração em que um embrião permaneceu congelado antes de ser transferido para um útero e gerado um bebé foi 13 anos, na Espanha.
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