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Bacalhau com fosfatos a partir de 2013
Decisão prevista para hoje foi adiada para o Outono, mas deverá ser aprovada sem modificações. Reação do Governo à proposta ficou demasiado tempo de molho. Etiquetagem do novo produto será obrigatória.
Quinta feira, 13 de setembro de 2012
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A decisão sobre a utilização de fosfatos na salga do bacalhau foi
adiada, mas o novo processo deverá receber "luz verde" da União Europeia (UE)
ainda este ano e o novo produto poderá começar a ser comercializado passados 12
meses.
A votação da proposta estava prevista para esta quinta-feira, na
reunião secção de Segurança Toxicológica da Cadeia Alimentar do Comité
Permanente para a Cadeia Alimentar e Saúde Animal, o organismo que assiste a
Comissão Europeia na tomada destas decisões e em que têm assento peritos de
todos os países da União.
Este adiamento deveu-se à pressão portuguesa que, nas últimas
semanas e dias, foi desenvolvida ao mais alto nível e envolveu o governo, o
gabinete de Durão Barroso e os eurodeputados portugueses.
Mas de acordo com fontes comunitárias ouvidas pelo Expresso, a
decisão "é mesmo para avançar" e a nova votação terá lugar já "em outubro, ou em
novembro". Ainda segundo a mesma fonte, a decisão de derrogar a implementação da
autorização durante um ano foi uma cedência à oposição do governo português. A
outra foi a decisão de tornar obrigatória uma etiquetagem rigorosa, que permita
ao consumidor final distinguir se o bacalhau que vai adquirir foi salgado de
forma tradicional ou através do recurso a fosfatos.
A Comissão argumenta que a necessidade técnica da medida foi
"demonstrada", que a mesma não representa qualquer perigo para a saúde e que o
facto de o uso de fosfatos ser permitido não significa que estes sejam
obrigatoriamente usados. Portugal continua a tentar provar que a utilização de
fosfatos adultera o processo de salga.Ler mais: http://expresso.sapo.pt/bacalhau-com-fosfatos-a-partir-de-2013=f752890#ixzz27EzPEVcv
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Diário de Notícias
Terça, 11 de Setembro de 2012
Noruegueses garantem que "bacalhau português nunca terá fosfatos"
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Bacalhau português não terá fosfatos
Correio da manhã
10 Setembro 2012
O Conselho Norueguês das Pescas (Norge) negou esta segunda-feira que a proposta de introdução de fosfatos comprometa o bacalhau português, garantindo que este conservante será aplicado apenas em produtos destinados a outros mercados.
Futuro do bacalhau decide-se em Bruxelas
7 de Setembro, 2012 (notícia completa)
"O futuro do bacalhau, tal como é consumido e
apreciado em Portugal, joga-se na próxima quinta-feira em Bruxelas, data da
votação de uma proposta que, caso seja aprovada, ameaça acabar com o tradicional
prato português.
O alerta partiu da Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB), que está
preocupada com as «consequências desastrosas» desta alteração legislativa
proposta pela Noruega e pela Dinamarca, que visa permitir a utilização de
polifosfatos em peixe de salga húmida."
O secretário-geral da AIB, Paulo Mónica disse à Lusa que «a proposta vai
contra a legislação comunitária», sublinhando que o que está em causa é a
possibilidade de «usar aditivos químicos num produto 100 por cento natural».
E elencou várias consequências para as empresas.
Primeiro, porque o método de detecção destes aditivos «é complexo, demorado e
não está totalmente validado». Por isso, as empresas só vão saber se a
matéria-prima que usam tem estes químicos ou não na altura da secagem.
Depois, porque se contiver polifosfatos a secagem do bacalhau será muito mais
demorada.
«Nalguns casos, será o dobro do tempo, o que terá custos acrescidos com a
energia», explicou Paulo Mónica.
Por outro lado, os consumidores «não vão ter aquilo que procuram e a que
estão habituados».
Os consumidores terão um produto com «sabor e uma textura irremediavelmente
alterados» e com muito mais humidade.
«Vão comprar água ao preço do bacalhau», salientou o responsável da AIB.
Paulo Mónica adiantou que a justificação apresentada pela Dinamarca e pela
Noruega é a obtenção de «um produto mais branco», para ir ao encontro das
exigências do mercado, mas afirmou que, no entanto, «não existe qualquer
referência científica ao uso destes aditivos como agentes branqueadores».
«Os polifosfatos são vulgarmente utilizados para retenção de água e nós
estamos perante um produto que se baseia na desidratação do peixe»,
acrescentou.
A AIB já fez chegar uma carta ao presidente da Comissão Europeia, Durão
Barroso, apelando à retirada da proposta e espera que o bom senso prevaleça.
«Acreditamos que prevaleça o bom senso e que a proposta não passe ou seja
retirada», declarou Paulo Mónica à Agência Lusa.
Segundo a AIB, «está em risco a própria indústria portuguesa de
transformação», que emprega mais de 1.800 trabalhadores, tem uma facturação de
400 milhões de euros e exporta quase 10 mil toneladas de bacalhau seco.
Lusa/SOL
notícia completa________________________________________
Comissão Europeia quer introduzir fosfatos na cura do bacalhau
10 de Fevereiro de 2012
Segundo o Jornal de Notícias (JN), a Associação dos Industriais do Bacalhau
(AIB) considera que a introdução de químicos (fosfatos) na transformação do
bacalhau seco poderá significar o fim do tradicional bacalhau português e a
derrocada de uma indústria que soma 83 empresas que empregam 1800 pessoas.
A presidente da AIB, Luísa Melo, vai mais longe e afirma ao JN que esta proposta da Comissão Europeia deve-se a questões económicas e não a motivos relacionados com saúde pública, ao utilizarem o argumento da oxidação do bacalhau.
O bacalhau transformado em Portugal tem obrigatoriamente uma percentagem de água inferior a 47%, que será difícil de atingir com a introdução de fosfatos que retêm a humidade. Para conseguirem esta percentagem, as empresas nacionais vão demorar mais tempo e gastar mais energia na secagem, explica a AIB. Como consequência desta alteração, os custos vão disparar e o bacalhau vai ficar mais caro e sem poder competir com o bacalhau seco noutros países.
Para Luísa Melo este "é um golpe nórdico para eliminar o nosso bacalhau tradicional".
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A presidente da AIB, Luísa Melo, vai mais longe e afirma ao JN que esta proposta da Comissão Europeia deve-se a questões económicas e não a motivos relacionados com saúde pública, ao utilizarem o argumento da oxidação do bacalhau.
O bacalhau transformado em Portugal tem obrigatoriamente uma percentagem de água inferior a 47%, que será difícil de atingir com a introdução de fosfatos que retêm a humidade. Para conseguirem esta percentagem, as empresas nacionais vão demorar mais tempo e gastar mais energia na secagem, explica a AIB. Como consequência desta alteração, os custos vão disparar e o bacalhau vai ficar mais caro e sem poder competir com o bacalhau seco noutros países.
Para Luísa Melo este "é um golpe nórdico para eliminar o nosso bacalhau tradicional".
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Saber mais:
Investigação U. Aveiro http://uaonline.ua.pt/upload/med/med_1566.pdf
Altas concentrações de fosfatos (Manual Merck): http://www.manualmerck.net/?id=163&cn=1290
Conservantes http://www.cienciaviva.pt/docs/itqbconservantes.pdf
Fosfatos nos hamburgueres http://www.deco.proteste.pt/alimentacao/seguranca-alimentar/noticia/aditivos-nos-alimentos-deco-contra-uso-excessivo
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