domingo, 7 de novembro de 2010

Variação em proteína pode provocar a imunidade natural ao HIV

2010-11-05
Uma pequena proteína poderá ser a chave dos casos raros de imunidade natural ao vírus da sida, permitindo às pessoas que a tenham combater a infecção sem tratamento. Este estudo, levado a cabo pelo Instituto Ragon (parceria entre o Massachusetts General Hospital, o MIT e a Universidade de Harvard), de Boston (EUA), está agora publicado na revista «Science».
Os cientistas descobriram que variações em cinco aminoácidos numa proteína chamada HLA-B estavam ligadas à imunidade natural ao HIV. “Entre os três mil milhões de nucléotidos – componentes elementares do ADN – que se encontram no genoma humano, apenas um punhado faz a diferença entre as pessoas que podem ficar de boa saúde sem tratamento, apesar de uma infecção com o HIV”, afirmou Bruce Walker, co-autor do estudo e director do Instituto Ragon.

Para identificar as diferenças genéticas que poderão conferir a imunidade rara, a equipa internacional de investigadores recrutou 3500 pessoas em diferentes clínicas do mundo, das quais 2500 sofriam de uma infecção progressiva do vírus da sida.
Recorrendo ao vasto estudo comparativo dos genomas, que testa as variações genéticas em um milhão de pontos do genoma humano, os cientistas identificaram aproximadamente 300 sítios estatisticamente ligados ao controlo imunitário do HIV. Estes sítios estão todos na região do cromossoma 6, que codifica as proteínas HLA.

Sem recorrer à sequência completa desta região do genoma, os autores do estudo desenvolveram uma técnica que permitiu isolar os aminoácidos, que têm um papel-chave no controlo viral.

Artigo: The Major Genetic Determinants of HIV-1 Control Affect HLA Class I Peptide Presentation

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