segunda-feira, 1 de março de 2010

Novo estudo revela por que alguns seropositivos são imunes à SIDA

Moléculas alfa-defensinas concentram-se em quantidades muitos superiores nos indivíduos

que não desenvolvem a doença

CienciaHoje
2010-02-25

Existem alguns indivíduos seropositivos, uma minoria de cinco por cento, que nunca chegam a desenvolver a SIDA, mesmo não tomando antiretrovirais. Esse fenómeno tem sido um mistério para a ciência. Agora, um grupo de investigadores do Hospital Clínic, em Barcelona, publica um estudo na «PLoS One» onde revela novidades sobre este fenómeno.

O segredo está no funcionamento do sangue, onde se esconde uma família de células do sistema imunológico, as dendríticas. Aí, as moléculas alfa-defensinas concentram-se em quantidade até dez vezes superiores à dos restantes infectados pelo vírus.
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No início, a infecção é igual para todos, sejam eles «controladores de elite» ou não. Algumas horas depois de entrar numa primeira célula sanguínea, o HIV faz 500 mil cópias de si próprio.
Apesar de essas cópias morrerem na luta com as células do sistema imunitário, o vírus continua a autoreproduzir-se até estabilizar com uma presença constante de 50 mil cópias por mililitro de sangue.
Na minoria de infectados, este processo pára pouco depois a infecção ter início. As moléculas alfa-defensinas das células dendríticas não permitem que o vírus complete a sua viagem através do sistema imunitário. Sem tomar qualquer medicamento, os «controladores» continuam durante anos com apenas 50 cópias do vírus por mililitro de sangue.

continua...

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