CienciaHoje
2011-01-13
Investigadores chilenos estão a desenvolver a primeira vacina contra o alcoolismo, baseada numa mutação genética presente em 20 por cento da população asiática. Para esta parcela de pessoas, o consumo de álcool tem consequências tão severas que acabam por inibir o vício nesta substância, explicou Juan Asenjo, líder do projecto, acrescentando ainda que esta reacção resulta da ausência de um gene que produz a enzima que metaboliza o álcool no organismo.
A vacina iria aumentar os enjoos e as náuseas naqueles que consomem álcool. "Com a vacina, a vontade de beber será muito pequena devido às reacções que terão", disse o médico, que já testou este princípio em ratos alcoólicos, obtendo resultados positivos. Nos animais, o consumo do álcool diminuiu 50 por cento. No entanto, frisou o especialista, "a ideia é que nos seres humanos o consumo diminua entre 90 e 95 por cento".
Esta nova solução de combate ao alcoolismo induz a mutação nas células do fígado através de um vírus que transmite esta informação genética, actuando sob o mesmo princípio dos fármacos para controlar o vício do álcool. Contudo, a sua eficária poderá ser maior, pois não terá tantos efeitos secundários.
Depois de demonstrarem o princípio activo desta vacina, os cientistas estão a cultivar as células necessárias para criar o vírus em grandes quantidades e, posteriormente, optimizar a produção, sendo ainda necessária a aprovação da substância por parte de entidades responsáveis pela saúde pública.
Os testes em humanos estão previstos para 2012 e, caso sejam bem sucedidos, será suficiente tomar a vacina uma vez por mês para que os pacientes comecem a sentir os sintomas que desencorajam o vício.
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