segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Química nas nossas vidas

Tudo isto é Química
Por Carlos Corrêa*
CienciaHoje
2011-06-23

 Há a ideia generalizada de que o que é natural é bom e o que é sintético, o que resulta da acção do homem, é mau. Não vou citar os terramotos, tsunamis e tempestades, tudo natural, que não tem nada de bom, mas antes certas substâncias naturais muito más, como as toxinas produzidas naturalmente por certas bactérias e os vírus, todos tão na moda nestes últimos tempos.

Dos oito maiores venenos que existem, seis são naturais: a toxina A do butonilium, a toxina A do tétano, toxina da difteria, a ricina (do rícino), a muscarina (dos cogumelos) e a bufotoxina (dos sapos); destes, só o sarin (gás dos nervos, 8º lugar) e as dioxinas (5º lugar) é que são de origem sintética.

* Professor Catedrático jubilado do Departamento de Química da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Conselheiro do ciência Hoje para o Ano Internacional da Química.

Muitos alimentos contêm substâncias naturais que podem causar doenças, como por exemplo o Isocianato de alilo (alho, mostarda) que pode originar tumores, o benzopireno (fumados, churrascos) causador de cancro do estômago, os cianetos (amêndoas amargas, mandioca) que são tóxicos, as hidrazinas (cogumelos) que são cancerígenas, a saxtoxina (marisco) e a tetrodotoxina (peixe estragado) que causam paralisia e morte, certos taninos (café, cacau) causadores de cancro do esófago e da boca e muitos outros.

Podemos então dizer que “Quando um produto natural mata... É natural! Fica a consolação de se morrer... naturalmente”.

A má imagem da Química

A má imagem da Química resulta da sua má utilização e deve-se particularmente à dispersão de resíduos no ambiente (que levam ao aquecimento global e mudanças climáticas, ao buraco da camada de ozono e à contaminação das águas e solos) e à utilização de aditivos alimentares e pesticidas.

Quem não admira o fogo de artifício?Muitos destes males são o resultado da pouca educação dos cidadãos. Quem separa e compacta o lixo? Quem entrega os medicamentos antigos nas farmácias? Quem trata os efluentes das vacarias e pocilgas? Quem deixa toda a espécie de lixo nas areias das nossas praias e matas? Quem usa e abusa do automóvel? Quem berra contra a incineração mas enche a sala de fumo, intoxicando toda a família? Quem não admira o fogo-de-artifício, que enche a atmosfera e as águas de metais pesados?

Há o hábito de utilizar a palavra “químicos” para designar substâncias de síntese, imprimindo-lhes um ar perverso, de substância maldita. Há tempos passou na TV um anúncio da DGS destinado a combater o uso do tabaco que dizia: “… o fumo do tabaco contém mais de 4000 substâncias químicas tóxicas, irritantes e cancerígenas…”.

Bastaria referir “substâncias”, mas teve de aparecer o adjectivo “químicas” para lhes dar um ar mais tenebroso. Todas as substâncias, naturais ou de síntese, são “químicos”! Todas as substâncias, naturais ou de síntese, podem ser prejudiciais à saúde! Tudo depende da dose...
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APPBG_Parecer sobre a Prova Escrita de Biologia e Geologia (702) - 1ª Fase 2011

Para quem estiver interessado deixo aqui ficar o parecer da APPBG:

"Globalmente, a prova pareceu-nos equilibrada, balizada pelo programa da disciplina, assim como bem articulada com a informação-exame divulgada pelo GAVE, apresentando um tamanho adequado à duração proposta.
Registamos um correto equilíbrio entre as componentes de Biologia e Geologia (100+100 pontos), uma esperada avaliação de competências nos domínios concetual e procedimental, denotando, todavia, um claro pendor na avaliação de competências adstritas ao 11º ano (apesar da transversalidade programática de alguns conteúdos).
O nível de dificuldade dos itens parece-nos equilibrado (e coerente com provas anteriores), na medida em que avalia competências diversificadas (de mais básicas a mais elaboradas). Tendo um nível interpretativo elevado, reúne, porém, um conjunto de itens de fácil resolução, para um examinando que tenha adquirido as competências básicas da disciplina.
Entendemos que os critérios gerais e específicos de classificação são coerentes cientificamente e globalmente adequados ao âmbito da questão.
É composta por quatro grupos, partindo de estudos de caso (apresentados em fontes documentais com suportes diversificados) com relevância científica e atual. Constatamos, com agrado, a inclusão de trabalhos portugueses.
Numa análise mais fina, alguns itens pontuais suscitam a nossa reflexão/comentário:
Grupo II, item 2 - a questão de escolha múltipla, requeria a relação entre o processamento alternativo e a "remoção dos intrões e alguns exões". Apesar do processo se encontrar convenientemente descrito no texto, este conceito sugere alguma ambiguidade quando confrontado com a legenda da figura 4 (onde surge expresso que existem "sequências que se tornam intrões") e com as aprendizagens formais, quando se aprende de forma clara que exões são sequências codificantes, sendo intrões sequências não codificantes. Alguns examinandos que partiram dos conhecimentos adquiridos e da informação expressa no documento (figura 4), optaram pela opção "apenas intrões", perante a aparente incoerência.
Grupo III, item 2 - questão de escolha múltipla corretamente formulada, porém a requerer o domínio de conceitos muito específicos (que, podendo ser abrangidos pelo programa da disciplina, não figuram objectivamente neste). Apesar da menção objetiva a ambientes sedimentares continentais,de transição e marinhos (BG11, p.20), o conhecimento exaustivo dos diferentes tipos de depósitos sedimentares (como os lagunares), associados às respetivas fácies (neste caso, de transição), afigura-se-nos excessivo.
Grupo III, item 7 - este item de construção de resposta restrita, requeria a relação entre a alternância de escoadas basálticas e de leitos piroclásticos com o tipo de actividade vulcânica do Cretácico superior de Lisboa. O nosso comentário incide sobre a redação dos critérios de classificação, que nos parece imprecisa científica e pedagogicamente. Deste modo, tratando-se o episódio vulcânico do Cretácico superior de Lisboa de um só evento, este, e em total acordo com os dados apresentados, registou fases explosivas (com emissões piroclásticas) e fases efusivas (testemunhadas nas escoadas lávicas predominantes). Como tal, a actividade vulcânica requerida, dever-se-á classificar como mista (em acordo com os conteúdos programáticos do 10º ano) e os critérios deverão aceitar esta possibilidade de resposta.
Grupo IV - o texto que descreve a experiência da produção industrial de citrato não está claro, podendo suscitar dúvidas na interpretação dos resultados. No 5º parágrafo está escrito "Adicionaram- se ao meio de cultura (...) glícidos comerciais como fonte de carbono...". Contudo, deveria constar ... "Adicionaram-se ao meio de cultura (...) glícidos como fonte suplementar de carbono". Como está escrito, deduz-se que a única fonte de carbono são os glícidos comerciais que se adicionaram ao meio. Esta afirmação não é coerente com os resultados referentes ao ensaio 7, apresentados na Tabela 1. O aluno poderá questionar: se no controlo não existe nem glucose nem sacarose, não existe fonte de carbono, como explicar a síntese de citrato (373,2 g/Kg)? É claro que o meio de cultura tem uma fonte de carbono, por isso os glícidos comerciais que se adicionaram são suplementares. No enunciado do item, controlo deverá ser descrito como: sem adição de fonte suplementar de carbono Este fato resulta numa dificuldade interpretativa acrescida na resolução do item 3 do referido grupo."

A Direção Nacional da APPBG

terça-feira, 21 de junho de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

Até parece que sou bruxa!!!

Foi dificil !!! ... ou não queriam ver!?


Bactéria E. coli encontrada num riacho de Frankfurt


18 de Junho de 2011, 20:15
A bactéria E.coli, que já provocou 39 vítimas mortais, foi encontrada num riacho de Frankfurt, informaram hoje os ministérios regionais de Meio Ambiente e da Saúde alemães.
As autoridades destacaram que não há risco de contaminação da água potável (!!!), já que este riacho não está ligado à rede de abastecimento da região.
Por enquanto desconhece-se a causa da contaminação da bactéria, embora haja suspeitas que a origem possa estar numa estação de tratamento de águas próxima, segundo as autoridades alemãs.

@SAPO com AFP

domingo, 12 de junho de 2011

Investigador português identifica proteínas que podem combater o HIV

André Raposo desenvolveu importante estudo na Universidade de Oxford
CienciaHoje
2011-06-11

Por Luísa Marinho
Uma importante descoberta do investigador português André Raposo, durante o seu pós-doutoramento na Universidade de Oxford, pode abrir portas ao desenvolvimento de novos tratamentos contra o HIV.
Em conversa com o «Ciência Hoje», o investigador explica que foram identificadas "potenciais proteínas antivirais que poderão vir a ser incluídas no desenvolvimento de vacinas/antiretrovirais contra o HIV".
O estudo, a ser publicado na edição de Julho do «Journal of Immunology», debruça-se sobre a capacidade imuno-reguladora que os linfócitos T4 (glóbulos brancos) têm em suprimir infecção por HIV em macrófagos. André Raposo explica: "Acreditamos que os macrófagos são as primeiras células do sistema imunitário a serem infectadas pelo vírus. No entanto, este não induz a morte destas células, residindo dentro delas durante largos períodos de tempo".
E é durante esse tempo que os macrófagos transmitem o vírus a outras células, nomeadamente aos linfócitos T, que acabam por não resistir ao vírus e morrem, levando à SIDA. Nas experiências em laboratório, André Raposo descobriu que os linfócitos T, antes de serem infectados pelo HIV, "segregam proteínas de grande massa molecular para o meio extracelular, que uma vez em captadas pelos macrófagos induzem a diminuição dos níveis de receptores CD4 (nos macrófagos), essenciais para o vírus entrar nas células". Sem estas moléculas "não se estabelece infecção".
"Uma cura efectiva para a infecção por HIV ainda esta longe de ser encontrada"
Usando novas técnicas de isolamento e enriquecimento de proteínas a equipa de investigadores, em colaboração com o Centro de Espectrometria de Massa da Universidade de Oxford, conseguiu identificar as proteínas segregadas pelos linfócitos T que induzem a diminuição dos níveis de moléculas CD4 nos macrófagos. 
 "As proteínas identificadas não só induzem essa diminuição mas também alteram o fenótipo destas células tornando-as menos susceptíveis de serem infectadas". O trabalho descreve também os mecanismos moleculares que levam a diminuição dos níveis de CD4, e estes envolvem a actividade da proteína quinase C e do factor de transcripcao NF-kB, para além dos organelos especializados na degradação de proteínas chamados os proteasomes.

notícia completa

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Rebentos de soja alvos de novas suspeitas no surto de E.coli (!!!...)

6 de Junho, 2011

A epidemia da bactéria E.coli tem colocado em alerta a comunidade europeia, e foram várias as explicações e suspeitas para justificar o surto. A última hipótese foram os rebentos de soja, que justificaram, aliás, a realização de testes a uma quinta no norte da Alemanha.

...
Mas quais foram as razões que levaram à suspeita centrada nos rebentos de soja? A própria justificação apoia-se em aspectos contraditórios.
As sementes de rebentos de soja são cultivadas normalmente no interior de uma estufa, a uma temperatura de 38 graus centígrados, ideal para o desenvolvimento de bactérias como a estirpe 0104 de E.coli.
Mas a contaminação dos rebentos de soja seria, no mínimo, muito difícil, pois a bactéria encontra-se alojada normalmente na boca de animais, sendo transmitida pelas suas fezes, utilizadas como fertilizantes e adubos naturais para o cultivo dos solos agrícolas.
E aqui situa-se o elemento dúbio quanto à eventual contaminação dos rebentos de soja, pois estes são apenas cultivados com sementes e água, sem qualquer recurso a fertilizantes animais.
 Como tal, ao confirmar-se a contaminação dos rebentos com E.coli, tal não iria constituir a descoberta da origem do surto da bactéria, pois esta poderia alojar-se tanto «na superfície das sementes como no seu interior, onde poderia ficar dormente durante meses», realçou Stephen King, da Universidade de Trinity, em Dublin.
«A bactéria pode estar dentro do tubo da semente e também na sua superfície, por isso, lavar não faz qualquer efeito», prosseguiu, ao apontar a «provável causa do surto alemão». As explicações não esclarecem, portanto, como terá sido feita, em primeiro lugar, a eventual contaminação dos rebentos de soja.
Assim, após os pepinos espanhóis e as saladas, as suspeitas centradas nos rebentos de soja parecem não ajudar a dissipar as dúvidas em torno do surto da bactéria E.coli.

SOL

sexta-feira, 3 de junho de 2011

"amores perfeitos"

Os meus "amores perfeitos" pelo vosso carinho

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Compostagem na Zarco

As minhocas vermelhas da Califórnia estão de boa saúde
Para saber mais:
Horta da Formiga

quarta-feira, 1 de junho de 2011

DGS distribui orientações aos médicos do SNS

 O documento, assinado pelo Director Geral de Saúde, Francisco George, refere que os médicos devem proceder “à imediata notificação” dos casos que apresentem um “diagnóstico de Síndrome hemolítico-urémico”, “diarreia sanguinolenta com história de viagem ou estadia recentes no Norte da Alemanha” e “diarreia sanguinolenta com história de consumo de alimentos crus e sem outro diagnóstico etiológico”.
...
O comunicado indica que as infecções por Escherichia coli entero-hemorrágica têm um período de incubação de entre três a oito dias e causam uma “gastrenterite aguda, frequentemente acompanhada de febre, vómitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta”.
A doença tem uma duração de entre cinco a sete dias.


PREVENÇÃO

Para prevenir esta doença, a DGS aconselha a “lavar cuidadosamente a fruta e os vegetais”, a não utilizar “os mesmos utensílios para diferentes alimentos”, a “separar os alimentos em preparação dos alimentos cozinhados”, a lavar as mãos antes e após a preparação de alimentos e entre a preparação de alimentos diferentes” e a “lavar as mãos antes e após a ida à casa de banho”.

noticia completa: Lusa/ SOL
31/05/2011

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