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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

"É possível estudar «cientificamente» as salsichas?"

Universidades de Lisboa, Évora e Trás-os-Montes e Alto Douro fizeram investigação

Vinho e alho reduzem microrganismos patogénicos

Investigadores das Universidades de Lisboa, Évora e Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), realizaram um estudo sobre a Salsicharia Tradicional Portuguesa, na “procura de estratégias para a melhoria da segurança e qualidade”.
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Neste âmbito, os resultados obtidos pela equipa da UTAD, composta pelos investigadores Luis Patarata e Alexandra Esteves, revelaram-se “promissores”, tendo sido “demonstrada a exequibilidade de utilização de fermentos lácticos em enchidos tradicionais, para melhorar a sua segurança sanitária, sem que haja comprometimento das suas caraterísticas sensoriais”, afirma Luis Patarata.
notícia completa aqui: CienciaHoje (2014-12-16)

 http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=59796&op=all

terça-feira, 6 de maio de 2014

MICRORGANISMOS


Leia na revista QUERO SABER de maio de 2014 já na BIBLIOZARCO.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Bactérias das mãos desvendam identidade de cada indivíduo

Técnica pode ser útil para a ciência forense

Vivem nas nossas mãos centenas de espécies de bactérias
2010-03-17

As bactérias são uma espécie de sinal capaz de desvendar a identidade de uma pessoa graças ao seu rastro, segundo um estudo de biólogos e bioquímicos norte-americanos. O trabalho, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, abre a porta ao desenvolvimento de uma nova técnica de identificação forense.
“Cada um de nós deixa um rastro único de bactérias enquanto realizamos as nossas tarefas diárias”, afirmou Noah Fierer, autor principal do estudo da Universidade de Colorado-Boulde.
Segundo o biólogo, enquanto a técnica está na sua fase preliminar, “eventualmente pode converter-se num valioso elemento na caixa de ferramentas dos cientistas forenses”.
Já se conhecia a grande diversidade de micróbios que vivem nas mãos dos seres humanos − na pele vivem centenas de espécies − “a novidade principal foi demonstrar que essas diferenças poderiam utilizar-se para identificar os objectos tocados pelas pessoas graças aos micróbios que deixavam”, explicou outro dos autores do estudo, Rob Knight.
Segundo Fierer, a nova técnica, baseada na sequenciação genética, tem uma precisão de 70 a 90 por cento, uma percentagem que provavelmente aumentará quando se conseguir aperfeiçoar o método.
A equipa de investigadores recolheu amostras de ADN bacteriano das teclas de três computadores pessoais e misturou-as com as bactérias das mãos dos seus proprietários, para posteriormente compará-las com recolhas de outros teclados que nunca tinham sido tocados pelos sujeitos iniciais.
A similitude foi muito maior entre as bactérias dos indivíduos e das dos seus computadores. Esta prova também funcionou 12 horas após os computares terem sido tocados pela última vez.

Bactérias persistentes

Numa outra experiência, os investigadores recolheram amostras de pele de dois indivíduos, congelaram uma delas a menos de 20 graus centígrados e deixaram a outra à temperatura ambiente durante duas semanas.
Com isto provaram que as colónias de bactérias não sofreram alterações em nenhum dos casos, o que demonstra o valor dos micróbios para a medicina forense.
Esta técnica pode ainda ser importante para a medicina legal quando é difícil obter DNA humano ou não existirem rastros de sangue, tecido, sémen ou saliva num objecto.
Segundo Fierer, “devido à abundância das células bacterianas na superfície da pele poderia ser mais fácil recolher DNA bacteriano do que DNA humano das superfícies tocadas”.
Rastro de bactérias nos objectos pode identificar pessoas

sábado, 23 de janeiro de 2010

Retrato genético de bactéria multirresistente a antibióticos

Estudo com participação portuguesa publicado hoje na «Science»
CienciaHoje _2010-01-22


"A crescente resistência das bactérias aos antibióticos representa um grave problema de saúde pública. Olhando para um dos agentes infecciosos mais temido nos hospitais, a bactéria Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), e usando uma tecnologia avançada para sequenciação completa de genomas, uma equipa internacional de investigadores – que, em Portugal, contou com a coordenação de Hermínia Lencastre, docente no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) – seguiu a história de um clone epidémico, ao longo de quatro décadas, através do globo. O trabalho é publicado hoje na revista «Science»."



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"A Staphylococcus aureus é uma das espécies patogénicas mais comuns e a mais virulenta do seu género."
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Mutações

Ao longo da sua história, as bactérias vão acumulando alterações no DNA (mutações) que por vezes se traduzem na aquisição de resistência aos antibióticos. Calculando a velocidade com que se deram as mutações na linhagem estudada, os cientistas estimaram a sua origem nos anos 60, uma altura em que o uso de antibióticos se generalizou na Europa. No entanto, há descendentes com mutações iguais adquiridas de forma independente.

Concentrando-se depois na evolução das bactérias à medida que são transmitidas de um doente para outro, os investigadores estudaram 20 amostras recolhidas ao longo de sete meses num hospital no Nordeste da Tailândia. Graças à sensibilidade da técnica, verificaram que não há duas infecções provocadas exactamente pela mesma bactéria embora algumas amostras sejam mais parecidas entre si do que outras.

As cinco amostras mais parecidas diferiam ao todo em apenas 14 letras (bases) do seu código genético e a sua relação genealógica foi corroborada com a sua origem: pacientes em enfermarias adjacentes em períodos de tempo coincidentes.

Selo português

O trabalho envolveu mais dois investigadores portugueses, para além de Hermínia de Lencastre, coordenadora desde 1995 de uma rede de caracterização de MRSA e foi reconhecida pela Science Watch como a investigadora com mais publicações na área, segundo dados de 2008.

Para esta professora catedrática do ITQB, “é muito gratificante ver como o trabalho de epidemiologia molecular, realizado durante 20 anos, aliado à acessibilidade da sequenciação completa de genomas nos dá mais uma ferramenta de combate às MRSA”.”

Com uma colecção de milhares de isolados de algumas das bactérias patogénicas mais importantes para o Homem, a cientista espera agora seguir a evolução, no espaço e no tempo, de outros agentes patogénicos e "contribuir também para o combate a outras infecções importantes".