terça-feira, 28 de outubro de 2008

Cancro do colo do útero


Cancro do colo do útero

Breve estatística

Portugal é dos países da União Europeia o que regista a maior incidência de cancro de colo do útero: cerca de 17 casos por cada 100 mil habitantes, com 900 novos casos por ano.
Todos os anos morrem mais de 300 mulheres em Portugal com este tipo de cancro.

O que é

As infecções por Vírus do Papiloma Humano (VPH) são muito comuns - estima-se que mais de 70% das pessoas com uma vida sexual activa contraiam pelo menos uma infecção deste tipo. A esmagadora maioria das infecções é controlada pelo nosso sistema imunitário e é quase inofensiva; mas cerca de 20% das infecções tornam-se crónicas e podem estar na origem de um cancro, sobretudo se associadas a outros factores, como os factores genéticos ou os adquiridos, como o tabagismo.

O VPH é um vírus do qual se conhecem, pelo menos, setenta tipos associados a manifestações clínicas específicas, dos quais mais de vinte podem infectar o aparelho genital. Os vírus do papiloma humano, podem ser de alto ou baixo risco, de acordo com o seu potencial oncogénico (ou seja, a capacidade para dar origem a um tumor).

A infecção, que se transmite, habitualmente, por via sexual, frequentemente não apresenta qualquer sintoma específico e pode desaparecer espontaneamente. Em alguns casos, a infecção é persistente, sendo a principal causa de cancro do colo do útero. Está também associada a outras formas de cancro, como o cancro do canal anal e do pénis.

Estima-se que mais de 99% de todos os casos de cancro do colo do útero estejam associados à infecção por VPH, sendo os subtipos 16 e 18 responsáveis por cerca de 70% destes casos.

A vacina

A inclusão da vacina no Programa Nacional de Vacinação surge com a descoberta de duas vacinas: uma contra os subtipos de VPH 6 e 11 e outra contra os subtipos 16 e 18.
A vacina visa prevenir o cancro do colo do útero e outras doenças provocadas pelo VPH.

Em Outubro de 2008 a vacina começou a ser dada a raparigas com 13 anos de idade (nascidas em 1995). Será realizada uma campanha de "repescagem", entre 2009 e 2011, vacinando as raparigas que completem 17 anos no ano da campanha (ou seja abrangendo as mulheres nascidas em 1992, 1993 e 1994).

No combate ao colo do útero aposta-se também na prevenção secundária, na fase adulta da mulher, através do exame citológico do colo do útero.

publicado em:
http://www.educacao.te.pt/professores/index.jsp?p=169&id_art=300

2 comentários:

  1. Bem, fiquei um pouco espantado por ver os dados que dizem que cerca de 70 % das mulheres com vida sexual activa contraem este virus! Apesar de uma relativamente baixa percentagem dar origem ao cancro do colo do útero, penso que é importantíssimo a prevenção contra esta doença! Cada vez mais cedo as raparigas e rapazes começam a sua vida sexual, muitas vezes duma forma completamente inconsciente, e estes problemas podem facilmente aparecer quando menos se espera! É portanto uma boa medida! Necessária e muito útil!

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  2. É verdade, Francisco!Concordo em absoluto!

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