segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

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CÉLULAS DENDRÍTICAS: ORIGEM, DISTRIBUIÇÃO, MORFOLOGIA, ESTRUTURA, ATIVIDADE FUNCIONAL E MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO - UMA REVISÃO

Resumo

As células dendríticas desempenham um importante papel na resposta imunológica, atuando como uma verdadeira célula apresentadora de antígeno. O presente trabalho compreende uma extensa revisão da literatura acerca dos principais aspectos referentes à embriologia, citologia e histofisiologia das referidas células, abordando ainda, de forma sucinta, os relevantes métodos utilizados para a identificação das mesmas.

Palavras-chave: Células dendríticas, células de Langerhans (não confundir com ilhotas de Langerhans), embriologia, morfologia, histologia, fisiologia


Introdução

As células dendríticas constituem uma família de células apresentadoras de antígeno (APCs) oriundas de progenitores hematopoiéticos da medula óssea com capacidade para interagir com os linfócitos T e B e modular as suas respostas (SOUSA, SHER, KAYE, 1999; ARDAVIN et al., 2001; KELLER, 2001; CIRRRINCIONE et al., 2002).

Considerando a importante participação dessas células no sistema de defesa do organismo hospedeiro, este trabalho apresenta uma revisão literária a respeito da sua origem, distribuição, morfologia, estrutura e atividade funcional, com destaque para os seus principais métodos de identificação tecidual, visando, com isso, oferecer um maior conhecimento científico acerca desse tipo celular de absoluta relevância na resposta imune.

Revisão da Literatura e Origem e Distribuição

As células dendríticas estão presentes na maioria dos órgãos não linfóides, incluindo o epitélio (epiderme e mucosa), onde são chamadas de células de Langerhans, a derme e o interstício de órgãos vascularizados, como o coração. Tais células também são encontradas no sangue, na linfa e em todos os órgãos linfóides, onde nas áreas de células T, recebem a denominação de células interdigitantes (INABA et al., 1986; LOMBARDI, HAUSER, BUDTZ-JÖRGENSEN, 1993; SOUSA, SHER, KAYE, 1999; ARDAVIN et al., 2001; KELLER, 2001). Para Sousa, Sher e Kaye (1999), as células dendríticas dos tecidos não linfáticos podem migrar para os órgãos linfóides pelas vias sangüínea e/ou linfática, sendo assim capazes de estimular a resposta imune primária e secundária tanto nesses órgãos como nos tecidos periféricos, segundo Hart (1997) e Cirrincione et al. (2002).

De conformidade com Keller (2001), a heterogeneidade das células dendríticas resulta da existência de linhagens celulares distintas e diferenças nos estágios de maturação e propriedades funcionais. Misery e Dezutter-Dambuyant (1995), Mclellan e Kämpgen (2000) e Ardavin et al. (2001) afirmam que as células dendríticas derivam de precursores mielóides e linfóides.


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Conclusão

As células dendríticas originam-se de precursores mielóides e linfóides; encontram-se distribuídas no sangue, na linfa, em todos os órgãos linfóides e na maioria dos tecidos não linfóides, incluindo o epitélio da epiderme e da mucosa, onde recebem a denominação de células de Langerhans, bem como a derme, a lâmina própria e o interstício de órgãos vascularizados; necessita de métodos especiais (histoquímicos e imuno-histoquímicos) para a sua identificação tecidual, tendo em vista a sua difícil visualização pelos meios convencionais; e apresenta características morfológicas e estruturais específicas, as quais se encontram intimamente relacionadas as suas propriedades fisiológicas e a sua principal atividade funcional - a apresentação antigênica.

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