segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fitorremediação

Invasora do bem       
Espécies exóticas costumam representar uma ameaça aos ecossistemas em que se instalam. Mas nem sempre é o caso: uma samambaia aquática no interior de Minas (BRASIL) é capaz de identificar e filtrar águas contaminadas por metais pesados.
Por: Fred Furtado

Publicado em 13/05/2010 |          
Invasora do bem
A samambaia aquática conhecida como orelhinha-de-onça (Salvinia auriculata) revelou ter propriedades fitorremediadoras de interesse industrial (foto: Graziele Wolff - engenheira sanitarista e ambiental).
A orelhinha-de-onça (Salvinia auriculata), uma samambaia aquática considerada uma espécie invasora, pode na verdade ser útil como bioindicadora e fitorremediadora (filtradora) de águas contaminadas por metais pesados.
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A orelhinha-de-onça se mostrou capaz de retirar cádmio e chumbo da água
Wolff expôs a S. auriculata a diferentes concentrações de dois dos principais metais poluentes encontrados em agrotóxicos, o cádmio e o chumbo. A análise mostrou que a samambaia é capaz de retirar os dois elementos da água.
No caso do cádmio, no entanto, isso mata a planta. “Para esse metal, a S. auriculata serviria como bioindicadora, permitindo identificar sua presença no meio”, explica a engenheira.
Já para o chumbo, a espécie seria uma fitorremediadora, capaz de retirar o metal da água e continuar se desenvolvendo. “Cada quilo de matéria seca de S. auriculata é capaz de acumular até 300 mg de chumbo, em condições experimentais”, afirma Wolff.
Segundo a engenheira, as plantas que acumulam metais pesados têm que ser descartadas de maneira apropriada, senão o poluente retorna ao ambiente. “Isso pode ser feito por incineração, que não é tão viável, uma vez que pode poluir o ar, ou por lavagem com ácido, um processo mais caro, porém com maior eficiência”, esclarece.
Fred Furtado
Ciência Hoje / RJ
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